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julho 2011
RESENHA: A Casa Torta - Agatha Christie
A CASA TORTA (Crooked house)
Autora: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Ano: 1948
Edição: 13ª
Páginas: 240
Revisão: A. Tavares
Tradução: Carmen Ballot
Skoob
Sinopse: O octogenário Aristide Leonides, dono de grande fortuna, é envenenado em sua mansão, onde vivia com toda a famÃlia — sua esposa, cinqüenta anos mais jovem, dois filhos, duas noras, três netos e uma cunhada. Qualquer um poderia tê-lo matado. O único motivo evidente é a fortuna deixada como herança. Mas parece pouco provável que alguém se dispusesse a sujar as mãos por causa do testamento de um velho em idade já tão avançada. Charles Hayward não tem como não se envolver na história: Sir Arthur Hayward, seu pai, é o comissário-assistente da Scotland Yard responsável pelo caso; e Sophia, com quem pretende se casar, é uma das netas da vÃtima. Portanto, Charles tem seus motivos para tentar solucionar o mistério.
Espaço
A história se passa primeiramente no Egito durante a II Guerra Mundial. Posteriormente, a narrativa se transfere para Swinly Dean (subúrbio de Londres), onde o cenário principal é "Três Oitões", a casa torta de Aristide Leonides.
• Caracterização: Por se tratar de literatura inglesa de época, alguns aspectos arquitetônicos e organizacionais são confusos tanto em uma leitura desatenta quanto em uma minuciosa. Uma falha da Editora (que poderia fornecer notas de rodapé explicativas). Há vários momentos de branco visual.
Tempo
A história se ambienta anos após o fim da II Guerra Mundial.
• Caracterização: Não há referências diretas ao ano em que a história se passa, apenas indicações como o encontro no Egito, datas de documentos e acontecimentos históricos.
Personagens
As personagens são superficiais e complexas de acordo com o evento, já que todas são suspeitas. Não há distinção entre personagens principais e secundárias, o que colabora com o suspense.
Coerência entre tempo, espaço e personagens
A relação entre os 3 elementos é muito coerente e natural. Há perfeita harmonia entre os três principalmente em quesitos arquitetônicos.
Narrador
1ª pessoa do singular, onisciente, sob a perspectiva de Charles Hayward. Logo, é uma perspectiva limitada e subjetiva, encaminhando a visão e conclusão do leitor para o redemoinho de ideias do próprio narrador.
Conteúdo
Charles Hayward conheceu Sophia Leonides no Egito durante a II Guerra. Apaixonados, mas decididos a esperar o desespero do confronto passar, eles se reencontram anos depois em Londres. Um novo empecilho para o casal surge - o assassinato do avô de Sophia. As evidências - ou a falta delas - põem todos da famÃlia sob suspeita: inclusive a própria Sophia.
Estrutura
"A Casa Torta" é dividido em 26 capÃtulos, cada qual com novas deduções. O tÃtulo faz alusão a uma música de ninar inglesa de mesmo nome (o que é muito oportuno para a história). A capa desta edição poderia ser melhor trabalhada: uma sucessão de imagens sem nexo entre si não representa nada bem o enredo.
Vocabulário
As regras de concordância e regência foram sumariamente respeitadas, um excelente ponto para a tradução.
Quotes
Os trechos abaixo foram selecionados pela carga reflexiva que contêm.
Avaliação
- Enredo: 7
- Capa: 5
- Caracterização das personagens e entrosamento entre as mesmas: 8
- Caracterização do tempo e espaço e coerência entre os mesmos: 5
- Aspectos gramaticais: 10
Nota final: 7
Gostou da obra?
Confesso que poderia ter sido melhor. O mistério me intrigou até certo ponto. A partir daÃ, as conclusões diminuÃram consideravelmente o andamento do livro para mim. O final deveria ser surpreendente - mas foi tão piegas que, para quem já estava desanimada, não acrescentou nada.
Recomendações
A todos que gostem de romances policiais e Agatha Christie; não é uma de suas obras-primas e tampouco uma grande obra de suspense. Se esperar muito, pode se decepcionar.
A Autora
Dame Agatha May Clarissa Mallowan (Torquay, 15 de Setembro de 1890 — Wallingford, 12 de Janeiro de 1976), mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Seus livros são dos mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela BÃblia e pelas obras de Shakespeare, com mais de 400 milhões de cópias vendidas em diversas lÃnguas.
Conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, dentre outros tÃtulos, criou os famosos personagens Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne, entre outros.
Autora: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Ano: 1948
Edição: 13ª
Páginas: 240
Revisão: A. Tavares
Tradução: Carmen Ballot
Skoob
Sinopse: O octogenário Aristide Leonides, dono de grande fortuna, é envenenado em sua mansão, onde vivia com toda a famÃlia — sua esposa, cinqüenta anos mais jovem, dois filhos, duas noras, três netos e uma cunhada. Qualquer um poderia tê-lo matado. O único motivo evidente é a fortuna deixada como herança. Mas parece pouco provável que alguém se dispusesse a sujar as mãos por causa do testamento de um velho em idade já tão avançada. Charles Hayward não tem como não se envolver na história: Sir Arthur Hayward, seu pai, é o comissário-assistente da Scotland Yard responsável pelo caso; e Sophia, com quem pretende se casar, é uma das netas da vÃtima. Portanto, Charles tem seus motivos para tentar solucionar o mistério.
Espaço
A história se passa primeiramente no Egito durante a II Guerra Mundial. Posteriormente, a narrativa se transfere para Swinly Dean (subúrbio de Londres), onde o cenário principal é "Três Oitões", a casa torta de Aristide Leonides.
• Caracterização: Por se tratar de literatura inglesa de época, alguns aspectos arquitetônicos e organizacionais são confusos tanto em uma leitura desatenta quanto em uma minuciosa. Uma falha da Editora (que poderia fornecer notas de rodapé explicativas). Há vários momentos de branco visual.
Tempo
A história se ambienta anos após o fim da II Guerra Mundial.
• Caracterização: Não há referências diretas ao ano em que a história se passa, apenas indicações como o encontro no Egito, datas de documentos e acontecimentos históricos.
Personagens
As personagens são superficiais e complexas de acordo com o evento, já que todas são suspeitas. Não há distinção entre personagens principais e secundárias, o que colabora com o suspense.
Coerência entre tempo, espaço e personagens
A relação entre os 3 elementos é muito coerente e natural. Há perfeita harmonia entre os três principalmente em quesitos arquitetônicos.
Narrador
1ª pessoa do singular, onisciente, sob a perspectiva de Charles Hayward. Logo, é uma perspectiva limitada e subjetiva, encaminhando a visão e conclusão do leitor para o redemoinho de ideias do próprio narrador.
Conteúdo
Charles Hayward conheceu Sophia Leonides no Egito durante a II Guerra. Apaixonados, mas decididos a esperar o desespero do confronto passar, eles se reencontram anos depois em Londres. Um novo empecilho para o casal surge - o assassinato do avô de Sophia. As evidências - ou a falta delas - põem todos da famÃlia sob suspeita: inclusive a própria Sophia.
Estrutura
"A Casa Torta" é dividido em 26 capÃtulos, cada qual com novas deduções. O tÃtulo faz alusão a uma música de ninar inglesa de mesmo nome (o que é muito oportuno para a história). A capa desta edição poderia ser melhor trabalhada: uma sucessão de imagens sem nexo entre si não representa nada bem o enredo.
Vocabulário
As regras de concordância e regência foram sumariamente respeitadas, um excelente ponto para a tradução.
Quotes
Os trechos abaixo foram selecionados pela carga reflexiva que contêm.
"Era uma vez um homem torto que andou por uma estrada torta
E achou uma moeda torta junto a uma porteira torta
Ele tinha um gato torto que caçou um rato torto
E viveram todos juntos numa casinha torta. "
CapÃtulo 3, página 19, 11º parágrafo.
"Mas Sophia não tinha certeza, eu não tinha certeza e creio que o Inspetor-Chefe Taverner tampouco tinha certeza..."
CapÃtulo 3, página 20, 6º parágrafo.
- Enredo: 7
- Capa: 5
- Caracterização das personagens e entrosamento entre as mesmas: 8
- Caracterização do tempo e espaço e coerência entre os mesmos: 5
- Aspectos gramaticais: 10
Nota final: 7
Gostou da obra?
Confesso que poderia ter sido melhor. O mistério me intrigou até certo ponto. A partir daÃ, as conclusões diminuÃram consideravelmente o andamento do livro para mim. O final deveria ser surpreendente - mas foi tão piegas que, para quem já estava desanimada, não acrescentou nada.
Recomendações
A todos que gostem de romances policiais e Agatha Christie; não é uma de suas obras-primas e tampouco uma grande obra de suspense. Se esperar muito, pode se decepcionar.
A Autora
Dame Agatha May Clarissa Mallowan (Torquay, 15 de Setembro de 1890 — Wallingford, 12 de Janeiro de 1976), mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Seus livros são dos mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela BÃblia e pelas obras de Shakespeare, com mais de 400 milhões de cópias vendidas em diversas lÃnguas.
Conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, dentre outros tÃtulos, criou os famosos personagens Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne, entre outros.
[RESENHA] Poderosa: Diário de uma garota que tinha o mundo na mão - Sergio Klein
PODEROSA - Diário de uma garota que tinha o mundo na mão
Autor: Sérgio Klein
Editora: Fundamento
ISBN: 857676024X
Ano: 2006
Edição: 1ª
Palavras-chave: Literatura Brasileira, Infanto-Juvenil
Skoob
Sinopse: O pai e a mãe estão se separando, o irmão caçula é o garoto mais implicante do planeta e a avó passa os dias na cama, descascando a parede com as unhas, sem saber o que acontece ao redor. É este o habitat de Joana Dalva, que aos 13 anos sonha em ser escritora. Tudo o que ela desejava era criar histórias que distraÃssem os futuros leitores, mas um dia faz uma redação sobre a quase xará Joana d Arc e provoca uma reviravolta na História.
Se uma simples redação podia mudar o passado, por que não usar a literatura para consertar o presente? Joana Dalva não hesita em converter a ficção em realidade. O problema é que cada texto produz conseqüências imprevistas, dando origem a outros textos que trazem novos problemas. E o jogo de gato e rato acaba escapando do controle.
Para participar desse jogo, não é preciso ter a idade de Joana Dalva nem sentir na pele os conflitos e as espinhas da adolescência. Este romance de Sérgio Klein destina-se a todos os que ainda acreditam no poder transformador das palavras.
Espaço
O local da história é o Brasil, mais precisamente a rotina de uma garota da 7ª série.
• Caracterização: As descrições são feitas de acordo com o foco do livro, ou seja, são bem sucintas, o que não torna a descrição cansativa. Em dados momentos, por conta de uma descrição anterior, o autor deixa uma parte sem a descrição. Isto pode deixar o leitor perdido sem imaginar a cena que o autor deseja.
Tempo
No século XXI.
• Caracterização: O tempo da história é bem sutil no livro. O autor se vale de descrições cotidianas como alusões à equipamentos modernos, fast-foods e internet para ambientar o leitor.
Personagens
A personagem principal é Joana Dalva e os outros são as secundárias. O entrosamento entre eles não é contÃnuo, por se tratar de um diário (mostrando só o que Joana vê), mas quando acontece é intenso.
• Caracterização: A personagem mais complexa é Joana pelo fato de ser um diário, mas alguns outros demonstram certa profundidade de pensamentos e sensações como João e vó Nina. Depende do foco narrativo do diário.
Coerência entre tempo, espaço e personagens
Totalmente coerentes entre si, inclusive pelo século, espaço e a profundidade que as personagens apresentam neste aspecto.
Narrador
Narrado em 1ª pessoa de forma onisciente.
Conteúdo
Joana Dalva é uma garota que adora escrever. Sonha em ser uma escritora um dia e por isso inventa as mais variadas histórias. Isso muda depois de uma previsão da cabeleireira da mãe que lhe diz ser muito poderosa. A partir daÃ, tudo o que Joana escreve com a mão esquerda acontece. Além deste acontecimento fenomenal, Joana recebe bilhetes de um admirador secreto que, na verdade, demonstra não ser tão secreto assim.
Interessante o modo como o autor montou a história, de modo que o mistério acerca dos bilhetes seja ofegante no final (que é fraquÃssimo). O aprendizado de Joana Dalva é algo a demonstrar.
Estrutura
O tÃtulo é bem coerente com a história por se tratar de um diário pessoal (e por Joana Dalva ter uma mão "mágica"). A capa é chamativa, mas poderia ter sido melhor trabalhada.
Vocabulário
O ritmo do enredo é excelente, flui com naturalidade. Nenhum erro morfológico ou sintático, revisão minuciosa da Editora. A sonoridade é comprometida (mesmo com os aspectos anteriores).
Avaliação
- Enredo: 8
- Capa: 5
- Caracterização das personagens e entrosamento entre as mesmas: 8
- Caracterização do tempo e espaço e coerência entre os mesmos: 6
- Aspectos gramaticais: 7
Nota final: 6,8
Gostou da obra?
Eu tenho um carinho muito grande por esta série de livros - principalmente pela Joana ser canhota e ter a mão tão incrÃvel, mesmo sendo um tanto pobre em quesitos ficcionais.
Recomendações.
A todos que gostem de literatura nacional e juvenil, divertida o bastante para o tempo passar.
O Autor
Sérgio Klein nasceu no dia 7 de julho de 1963 e morreu no dia 03 de julho de 2010, após passar alguns dias no CTI, em Belo Horizonte, acometido de por uma bactéria de difÃcil tratamento (Staphylococcus aureus), cuja toxina destroi as células humanas.Premiado no Brasil e no exterior, ele acreditou no poder transformador das palavras e cativou muitos adolescente no mundo. Sérgio deixa três filhos, Pedro, LetÃcia e Gabriel.
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