Como Ser MulherAutora: Caitlin Moran
ISBN: 9788565530095
Páginas:240
Editora: Editora Paralela
Ano: 2012 (lançamento)
Sinopse: Nunca houve época melhor para ser mulher. Nós votamos, temos a pÃlula, estamos no topo das paradas musicais, somos eleitas presidentes e primeiras-ministras, e não somos acusadas de bruxaria e queimadas desde 1727. Entretanto, algumas perguntinhas incômodas persistem:
- Os homens no fundo nos odeiam?
- Como devemos chamar nossos peitos?
- Por que as calcinhas estão ficando cada vez menores?
- E por que as pessoas insistem em perguntar quando vamos ter filhos?
Em "Como ser mulher", a jornalista inglesa Caitlin Moran responde a essas e muitas outras perguntas que mulheres modernas no mundo todo estão se fazendo. A partir de um péssimo aniversário de treze anos, ela fala sobre adolescência, trabalho, machismo, relacionamentos, amor, sexo, peso, maternidade, aborto, moda, compras e modelos de comportamento, sempre com um olhar crÃtico e muito humor.
Enredo Para as mulheres, há sempre os mesmos rituais: nascer, tornar-se fértil, engravidar, morrer. Ou então: entrar na puberdade, usar sutiã, depilar-se, comprar calcinhas cada vez mais minúsculas.
Como sofrem!
O intuito de Caitlin é mostrar, através de sua vasta experiência pessoal, como algumas coisas são tão injustas para as mulheres, o porquê disso e desmistificar alguns mimimis de muitas outras por aÃ.
Abordando assuntos leves, como o nome dos seus peitos e a experiência de beijar outra pessoa, e outros mais polêmicos, como o aborto, Caitlin faz refletir sobre tudo o que ser mulher significa hoje. Há uma receita de sucesso? Será que os valores estão se invertendo de alguma maneira?
Há trechos em que a autora narra sua história, portanto o espaço ali presente é pertinente, embora não seja o aspecto principal. Também há determinação temporal, que é coerente com os costumes de época que Caitlin retrata.
As personagens são muitas e reais, pois são pessoas que realmente passaram pela vida de Caitlin. Há, até, uma "participação especial" de Lady Gaga! O intuito disto é que a autora usa a experiência com estas pessoas para formular suas teses e opiniões sobre tal assunto.
Fator criatividade: genial! Por que não transformar algo importante como defender os direitos das mulheres em um manifesto bem-humorado? Como diria uma célebre frase: "da dor nasce o humor".
O andamento é muito tranquilo, bastante natural. Há um leve pico de tensão em assuntos mais polêmicos, já que não é elegante fazer humor com certos "problemas", mas nada que não se dissipe rapidamente. O resto fica leve por conta do humor impregnado.
Em suma, todos os assuntos abordados durante o enredo são tratados de forma especial de acordo com o que representam. Caitlin consegue transformar a dor do parto em algo muito divertido! Não é preciso concordar com ela, claro, mas é, ao menos, interessante ver algumas questões com outros olhos.
Estrutura "ArtÃstica"A capa mostra a imagem que representou a emancipação das mulheres por muitas gerações no Brasil, mas, ao mostrar o sutiã, mostra que não são somente os assuntos mais crÃticos que representam ou não a "livre-expressão" feminina.
A sinopse serve bem ao seu propósito: informa o leitor de que se trata o livro e ainda consegue colocar um gancho ao final.
Por se tratar de um manifesto com humor, subentende-se que foi bastante planejado e revisado.
Estrutura FÃsica (Materiais)Este aspecto e a diagramação não serão avaliados, pois o exemplar recebido não era o de venda.
AnáliseEnredo (x3): 4,25 • Espaço (x2): 4 (muito bom);
• Tempo (x2): 4 (muito bom);
• Personagens (x2): 5 (ótimas);
• Criatividade (x1): 5 (ótima);
• Andamento do enredo (x2): 4 (muito bom);
• InÃcio, meio e fim (x3): 4 (muito bom);
Estrutura ArtÃstica (x1): 4 • Capa (x1): 4 (muito boa);
• Sinopse (x2): 4 (muito boa);
• Enredo (x3): 4 (muito bom);
Nota final: [3*(4,25) + (4)*1]/4= 4,19
Gostei da obra?Com certeza! Concordo com a autora quando ela diz que toda mulher deveria ser feminista. Infelizmente, a palavra foi colocada como inverso do machismo, mas são coisas completamente diferentes. Ser feminista é defender os seus direitos, porém sem ferir o dos homens (como é a ideia que o "machismo" traz). Estava bastante zangada, pois não achava nenhum livro que me fizesse vibrar. Li Como Ser Mulher e dei tantas risadas que isto me fez muito bem. Não concordo com tudo o que a autora disse, mas gostei de ler uma opinião diferente da minha.
A AutoraCaitlin Moran é crÃtica de TV e colunista no jornal The Times, onde ela escreve três colunas semanais: uma para o Saturday Magazine, a coluna de análise de TV e a satÃrica coluna de sexta "Celebrity Watch".
Agradeço à Editora Paralela pelo exemplar.
ATENÇÃO: Este tipo de resenha é um teste. As próximas poderão ser tanto neste formato quanto no anterior. Qualquer dúvida, mande um e-mail.Declaro que as imagens usadas acima não são de minha autoria, respeitando os direitos autorais dos verdadeiros criadores.
Sobre a Autora: | Ana Carolina Nonato cursa Ciência da Computação na Universidade de São Paulo (USP), mais especificamente no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) em São Carlos. Leitora assÃdua desde os 3 anos de idade, os livros são seus maiores amores na vida juntamente com o Cinema (antigo) e o bom e velho rock 'n' roll. |
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