RESENHA: Azul da Cor do Mar - Marina Carvalho
Autor: Marina Carvalho
Editora: Novas Páginas – Novo Conceito
Páginas: 336
ISBN: 9788581633732
ACASO, DESTINO ou LOUCURA? No caso de Rafaela, Pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível. Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez... A idéia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando de Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do Mundo. Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços -, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa... E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego. Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão.
Azul da Cor do Mar é um livro da escritora Marina Cavalho. O segundo contato que tenho com as obras da autora. Confesso que sempre fui curioso para conhecer os livros da Marina, especialmente pela divulgação de Simplesmente Ana, um livro que ainda quero ler e que todos falam tão bem.
Em Azul da Cor do Mar, Marina nos apresenta uma história atraente, comovente e muito bem escrita. Mas que, não me prendeu nas primeiras páginas. Me esforcei um pouco porque sabia que a escrita dela era boa, e somente depois de muitos capítulos que a história realmente me prendeu e até, que tirou-me alguns suspiros apaixonados.
“Chegamos ao Aglomerado da Serra em poucos minutos, e o tempo que gastamos até lá usei para tentar secar o esmalte das minhas unhas.”
Acho que primeiramente a capa chama atenção. Contrariando a normalidade dos autores, a Editora não usou modelos na capa – o que achei bastante original! – a forma como Marina se refere a passado e presente neste livro, é de uma forma muito legal. Mostrando que autora conseguiu atingir seu intuito. O engraçado, é que nas últimas semanas, li vários livros que mostram a relação de um casa em trabalho, num escritório ou seja lá o que for.
“Amigo! Pois sim. Eu preferia comer vidro a ter um amigo como Bernardo.”
Rafaela é uma personagem bastante forte, o que me lembra muito a protagonista de um mesmo livro da autora: Ela é uma fera! Rafaela Vilas Boas sonha desde a adolescência com um garoto que viu na praia, com uma mochila xadrez. Desde o início do livro, vemos Rafaela escrevendo sobre o tal garoto, o que mostra a lembrança na cabeça dos leitores.
Ponto xis da questão: desde este momento, eu já sabia qual seria o final do livro. Não gente, não sou vidente ou algo do tipo. Mas a forma como Marina escreveu – repito: muito bem escrita – me fez ver um pouco mais além do que está escrito até então. Eu sabia mais ou menos como o livro iria terminar e quem era o garoto da mochila xadrez. E como um leitor ávido, eu me calei e paguei pra ver se era realmente aquilo que iria acontecer.
“— Cretina!
— Minha nossa! – Alice balbuciou do meu lado. — Que rápidos.”
Rafaela cresceu, estuda jornalismo, é o sonho de sua vida. Ela consegue um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Porém... Seu colega de trabalho Bernardo não é o cara mais legal do mundo. Porém, mesmo possuindo uma relação bem contagiante no trabalho, os dois se odeiam eternamente. E isso mostrou momentos bem inusitados e engraçados. E, mesmo se odiando, eles formam uma dupla praticamente imbatível.
“Pena que passou depressa. Num piscar de olhos eu já estava colocando minha mochila xadrez no banco de trás do carro e dando a partida para voltar à realidade.”
Gente, a Rafaela é muito da desastrada! Derruba tudo o que tá em sua mão e não leva nenhum desaforo para casa. Ela é a filha do meio, e os irmãos morrem de ciúmes dela, sem contar que a fazem de escrava e pau pra toda obra, né? A mensagem que o livro passa é que nós não devemos fugir das lembranças e sim resolver as pendências que nos cercam. E cara, vocês vão curtir pacas o final!
O que mais gostei em Azul da Cor do Mar, fora a escrita leve e rápida de Marina, foi a história em si, que foi muito bem escrita e me divertiu bastante. Li apenas em um dia, para vocês terem uma noção de como foi. Você diz que vai ler só mais um trechinho e quando olha, percebe que horas se passaram e você leu o livro todo. Não é uma história que vai marcar minha vida, mas foi um ótimo entretenimento para uma tarde de sábado.
“Não louco de raiva. Louco... por você.”