RESENHA: Uma Carta de Amor, de Nicholas Sparks


Autor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
ISBN: 9788580412475 

Há três anos, a colunista Theresa Osborne se divorciou do marido após ter sido traída por ele. Desde então, não acredita no amor e não se envolveu seriamente com ninguém. Convencida pela chefe de que precisa de um tempo para si, resolve passar férias em Cape Cod. Durante a semana de folga, depois de terminar sua corrida matinal na praia, Theresa encontra uma garrafa arrolhada com uma folha de papel enrolada dentro. Ao abri-la, descobre uma mensagem que começa assim: “Minha adorada Catherine, sinto a sua falta, querida, como sempre, mas hoje está sendo especialmente difícil porque o oceano tem cantado para mim, e a canção é a da nossa vida juntos.” Comovida pelo texto apaixonado, Theresa decide encontrar seu misterioso autor, que assina apenas “Garrett”. Após uma incansável busca, durante a qual descobre novas cartas que mexem cada vez mais com seus sentimentos, Theresa vai procurá-lo em uma cidade litorânea da Carolina do Norte. Quando o conhece, ela descobre que há três anos Garrett chora por seu amor perdido, mas também percebe que ele pode estar pronto para se entregar a uma nova história. E, para sua própria surpresa, ela também. Unidos pelo acaso, Theresa e Garrett estão prestes a viver uma história comovente que reflete nossa profunda esperança de encontrar alguém e sermos felizes para sempre.


Uma Carta de Amor é um livro do nosso romântico incorrigível Nicholas Sparks. Comecei a ler os livros do Sparks no momento em que percebi que adorava histórias de amor. Dessas que prendem o nosso fôlego e nos fazem torcer pelos personagens. Com o tempo, percebi que muitos livros do Nicholas eram semelhantes. Aposto que você já ouviu isso por aí de qualquer pessoa que já tenha lido, no mínimo, três livros do autor. Mas eu não acho isso. E irei explicar tin tin por tin tin nesta resenha todos os meus motivos.

Primeiro gostaria de dizer que Nicholas Sparks é um tremendo filho da mãe. Uma carta de amor me prendeu desde que eu li a bendita carta que vem no prólogo, literalmente ela faz jus ao título.

Theresa Osborne passou por uma separação há pouco tempo, foi traída pelo marido, David e descobriu que ele a traia desde que se casaram. Theresa não acredita mais no amor, não vê motivos para isso. Ela tem um filho de 12 anos chamado Kevin, que ela o ama e faz de tudo para ele ter o que precisa.

“Ainda sonhava em se apaixonar, em ter alguém para abraçá-la e lhe dar a sensação de ser a única no mundo. Mas era difícil, se não impossível encontrar uma pessoa decente hoje em dia – a maioria dos homens na casa dos 30 anos que ela conhecia já era casada, e os divorciados pareciam procurar uma mulher mais jovem, que pudessem moldar da forma que quisessem.”

Como ela anda muito solitária, sua chefe a convence a tirar umas férias, ter um tempo para si mesma. Depois de correr na praia, ela encontra uma garrafa. De início ela acha que é lixo, mas quando vê o canudo de uma folha enrolada com um pequeno cordão, ela resolve abrir a garrafa. Com um pouco de dificuldade ela consegue retirar a folha e encontra uma carta que pode mudar sua vida.

“Sinto sua falta, querida, como sempre, mas hoje está sendo especialmente difícil porque o oceano tem cantado para mim, e a canção é a nossa vida juntos.”


Após perceber que está com lágrimas nos olhos depois de ler a carta, ela precisa saber quem foi o homem que escreveu aquilo. Com a ajuda de uma amiga, ela publica a carta em sua coluna no Boston Times, e claro que foi um sucesso. Ela recebeu centenas de outras cartas em casa, de pessoas que se emocionaram com a carta. Alguns pedidos de casamento e até mesmo alguns homens ameaçando processá-la por direitos autorais. Mas nada disso aconteceu.

“— Se gosta dela, esse ela o faz feliz, e se você sente que a conhece... então não deixe que ela vá embora.”

Com a carta na boca do povo, Theresa recebe mais duas cartas, de pessoas que leram sua coluna e que se sentiram na obrigação de contar a Theresa. Ela precisa conhecer o homem que a escreveu. Então resolve procurá-lo...

“— Só um instante, estou pensando. Não é tão fácil quanto parece. Acho que também gostaria dos clichês: que ele fosse bonito, educado, inteligente e charmoso. Você sabe, todas as qualidades que uma mulher deseja num homem.”

Depois de uma incansável busca, e não é que ela o encontra? De início, ela não tinha nenhuma intenção, queria apenas conhecê-lo e saber que ele existia. Não importava se fosse gordo ou magro, novo ou velho, ou extremamente bonito. Ela só queria saber que ele realmente existia. Porém, não foi assim que aconteceu.

“Sentado m seu escritório, duas perguntas que não conseguia responder o atormentavam. A primeira: por que estava tão atraído por Theresa? E a segunda: por que de repente sentia estar traindo Catherine?”

Garrett a convida para velejar, nada muito formal, apenas para que Theresa conhecesse o lugar. Ela aceita. Eles começam então, a descobrir que um era o que o outro precisava para seguir em frente. E ainda tem Catherine. A ex mulher de Garrett, que faleceu há alguns anos, no hospital quando estava grávida de seu filho. As cartas jogadas ao mar, eram para Catherine.

“Fechou os olhos, cansada, de repente relutando em enfrentar suas emoções em conflito. Uma coisa, porém, era certa: ela nunca iria dizer a Garrett que o amava até ter certeza de que ele poderia deixar Catherine para trás.”

Esse é um dos pontos mais importantes do livro, como Garrett pode ter algo com Therese, se ele ainda ama Catherine? Uma amor verdadeiro? Theresa percebe que os olhos dele ainda brilham quando ele cita o nome dela... Como eles poderão ficar juntos, se existe ainda, um outro amor entre eles?

“No entanto, no dia seguinte, quando acordou, ao contrário da maioria dos seus dias, a primeira coisa em que pensou não foi em Catherine. Foi em Theresa.”

Leia e descubra que este não é mais um romance bobo do Nicholas Sparks, cada livro ele deixa uma mensagem a ser passada. Não importa e alguém morre no início, se o casal fica junto ou não, Sparks consegue despertar até numa pedra o desejo de conhecer e cuidar de alguém. Na minha sincera opinião, é isso que Sparks quer: fazer com que seus livros despertem sentimentos e sensações jaz escondidas de nós mesmos. E neste livro, ele conseguiu e isso e mais um pouco. 

“O amor verdadeiro é raro, e é a única coisa que dá sentido genuíno à vida.”

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