RESENHA: Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll

Alice no País das Maravilhas
Autora: Lewis Carroll
ISBN: 9788525409430
Páginas: 176
Editora: LP&M
Ano: 2010
Sinopse:"Alice's Adventures in Wonderland" (frequentemente abreviado para "Alice in Wonderland") é a obra mais conhecida de Lewis Carroll (1832-1898), sendo considerada obra clássica da literatura inglesa. O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai em uma toca de coelho e vai parar num lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.





Enredo
• Espaço: importantíssimo na história. Como o "País das Maravilhas" é um lugar fantástico, há muitas paisagens que não são comuns aos leitores (mesmo hoje); descrevê-las com zelo é um ponto importante a fim de criar tal imagem na mente. Mas tais caracterizações não se estendem muito, são suficientes durante a história.
• Tempo: critério secundário, muito embora possa ser inferido em uma análise mais atenta do enredo através de vestimentas da época (principalmente), o que o torna, de certa maneira, atemporal.
• Personagens: um dos pontos-chave da história juntamente com o andamento em si. Embora o foco principal seja a menina, todos as outras personagens (coelho, Rainha Má, etc) são complexas na medida para o leitor infantil (daquela época, pelo menos) e representam alguns aspectos do cotidiano. A fantasia em torno deles também é fundamental para manter a atenção das crianças nas personagens.
• Criatividade: considerando-se a época, pode-se dizer que Alice in Wonderland é um marco. São poucos relatos de histórias infantis com tais cargas fantasiosas (considerando-se que o livro foi publicado em 1865, muito antes de Tolkien e C.S.Lewis) na época.
• Andamento do enredo: Não é tão rápido pelo fato de o leitor ter de prestar atenção aos detalhes de cada parte para não se perder, mas não torna, absolutamente, a leitura monótona, já que o tamanho do livro compensa este aspecto.
• Início, meio e fim: os três aspectos, em parecer técnico, possuem a mesma característica: em geral, são narrados de acordo com a mente de Alice (embora não em primeira pessoa) e aparentam ser parte de um conto oral, passado de pai pra filho. O leitor realmente tem a impressão de a história lhe ser contada da boca de alguém. O que muda entre esses três aspectos é a intensidade dos acontecimentos, mas esta variação é mínima e não será considerada. Outro aspecto interessante no enredo é o fato de mostrar às crianças que tomem cuidado com os exageros (bolo que faz crescer, por exemplo. Se comer demais, vai crescer demais). Por ser de intensidade média, em alguns momentos Carroll se estende um pouco mais do que o necessário, o que pode cansar um leitor mais jovem (e impaciente, como normalmente as crianças são).

Estrutura "Artística"
• Capa: a figura rebuscada com as cartas é interessante, mas não é a melhor das escolhas.
• Diagramação: fixa, confere organização.
• Fontes: de tamanho razoável, de fácil leitura e que não cansam o leitor.
• Sinopse: A sinopse acima foi retirada do skoob, portanto, não será analisada por, certamente, não ser a sinopse original desta edição.
• Enredo: a escolha das palavras é que faz a sensação de "história contada", o que é muito bom tendo-se em vista os leitores-alvo (crianças).

Análise
Enredo (x2): 3,91 (bom);
 • Espaço (x2): 4 (muito bom);
 • Tempo (x2): 4 (muito bom);
 • Personagens (x2): 4 (muito boas);
 • Criatividade (x1): 5 (ótima);
• Andamento do enredo (x2): 3 (bom);
• Início, meio e fim (x3): 4 (muito bom);

Estrutura Artística (x1): 3,86 (boa);
 • Capa (x1): 3 (boa);
 • Diagramação (x1): 4 (muito boa);
 • Fontes (x2): 4 (muito boas);
• Enredo (x3): 4 (muito bom);


Nota final: [2.(3,91) + 3,86.1]/3 = 3, 89


Gostei da obra?
Olha, gostar eu gostei sim. Mas não foi aquele rombo de amores que normalmente as pessoas têm ao ler Alice. Foi mais um contato com o original e saber o que, nas adaptações posteriores e no que ouvi durante a infância, era verdadeiramente parte da história. É lógico que há algumas partes incríveis, em especial o diálogo com a lagarta ou com Chessur, que eu amei. Mas isto não foi suficiente pra me deixar mega empolgada com o enredo. Enfim, acho que é uma boa história, mas nada de extraordinário.

O Autor
Charles Lutwidge Dodgson, mais conhecido pelo seu pseudônimo Lewis Carroll (Cheshire, 27 de janeiro de 1832 — Guildford, 14 de Janeiro de 1898), foi um escritor e um matemático britânico. Lecionava matemática no Christ College, em Oxford, e é mundialmente famoso por ser o autor do clássico livro Alice no País das Maravilhas.

Esta resenha faz parte do Desafio Literário 24/12.





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6 comentários:

  1. Eu li duas vezes, uma quando era criança e outro há mais ou menos um ano... não curti muito não. Não é de todo ruim, mas um pouco cansativo... mas é realmente como você disse um marco e só por isso já vale a pena conferir.

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  2. Ana!
    Acredito que Alice vem as nossas fantasias desde a infância e é bem por isso que nos encanta. Sou rendida a obra.
    Parabéns pela sinceridade na resenha.
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com/

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  3. Concordo totalmente com a sua opinião, sabe eu li ano passado e gostei, mas não cai de amores. Achei interessante para comparar com os filmes já estreados e as histórias que me contavam quando criança. E como dizem é um clássico.

    Beijokas elis

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  4. Da pra acreditar que nunca li "Alice no país das maravilhas" ?
    Não sou muito fã de clássicos.
    Tenho que ser mais suscetível a esse tipo de leitura.

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  5. Eu vou confessar que eu li Alice no país das Maravilhas principalmente porque ele é um desses clássicos que você meio que se sente obrigada a ler - não porque é chato, mas sim porque é, tipo, um CLÁSSICO. Apesar de ser um livro claramente infantil, eu gostei muito da obra. Em alguns pontos, eu achei sim a leitura cansativa e o final previsível, mas eu adorei os diálogos e tudo mais (:

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  6. Sou exceção, não consegui gostar desse livro. Achei chato e totalmente sem sentido. Acho que esta é uma história que fica muito bem no cinema, mas como livro cansa. Gostei mais do "Alice através do espelho e o que ela encontrou por lá".

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