I amar prestar aen. (A Sociedade do Anel - 2001)
Escrevi sobre Tolkien no Batalha Literária! Vejam! :D
Boa noite!
Antes de começar esta magnífica viagem à Terra mais querida de todas, me apresentarei. Meu nome é Ana Carolina Nonato e aqui neste mundo interajo com vocês, do futuro, através de um blog chamado Seis Milênios. Durante meus vários aprendizados, fui Elizabeth Bennet, que Jane Austen retratou tão bem, Anne Bonny, a pirata... Mas a mais marcante de todas foi a primeira: Éowyn, A Princesa de Ithilien. Alguns me chamam também de Sonhadora ou Louca, mas eu não sei o porquê! rs.
Brincadeiras à parte, sou apaixonada pelo universo Tolkieniano e, neste primeiro post dos muitos que farei sobre filmes, resolvi começar pela minha paixão maior.
A frase do título é a primeira parte em Sindarin que Galadriel fala no filme. Completa no idioma original (a gif é a abertura do filme):
"I amar prestar aen, han mathon ne nen, han mathon ne chae a han noston ned 'wilith."
(The world is changed; I can feel it in the water, I can feel it in the earth, I can smell it in the air.)
A história de criação do Um Anel é bem representada por um poema da época. Nas imagens, a estrofe está em Alto-Élfico (língua denominada Quenya) e abaixo colocarei as traduções em inglês e em português.
Three Rings for the Elven-kings under the sky,
Três anéis para os Reis- Elfos sob este céu,
Seven for the Dwarf-lords in their halls of stone,
Sete para os Senhores- Anões em seus rochosos corredores,
Nine for Mortal Men doomed to die,
Nove para Homens Mortais, fadados ao eterno sono,
One for the Dark Lord on his dark throne
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
In the Land of Mordor where the Shadows lie.
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
One Ring to rule them all,
Um anel para a todos governar,
One Ring to find them,
Um anel para encontrá-los,
One Ring to bring them all and in the darkness bind them
Um anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
In the Land of Mordor where the Shadows lie.
Na Terra de Mordor onde as sombras se deitam.
Lindo, não é? Bom, vamos à história.
Em O Hobbit, Bilbo Baggins "acha" um anel que lhe confere invisibilidade, roubado anteriormente de Déagol por Sméagol, chamado agora de Criature-Gollum ou simplesmente Gollum pelo barulho que faz. Bilbo volta para o Condado rico e feliz, adota um parente, Frodo Baggins, como herdeiro e por sessenta anos a história se mantêm intacta.
Gandalf, o responsável em "arrastar" Bilbo para a primeira aventura, é conhecido pelos magníficos fogos de artifício que consegue produzir,
Mas na verdade Gandalf é um Maia, um mago cinzento com muitos poderes, sabedoria e amor pelos hobbits e pela Terra-Média. Ele começa a suspeitar em seu coração que o anel de Bilbo seja o Um Anel, há 3000 anos apenas uma lenda, um mito.
Assim, Gandalf volta à Vila dos Hobbits, onde vê Bilbo deixar o Condado em direção às montanhas e aos elfos, legando a Frodo tudo o que tem, inclusive o anel. O mago, deixando-o a salvo com Frodo, parte atrás de mais informações e chega a inequívoca conclusão de que, se as inscrições a fogo aparecerem, aquele anel de Bilbo seria o Um Anel, a perdição da Terra-Média.
Os temores de Gandalf se concretizam. A partir deste momento, a jornada cujo objetivo é destruir o Um Anel e acabar com a ameaça de Sauron à Terra-Média começa.
A História, a partir daqui, será descoberta apenas por vocês. Algumas informações valiosas:
1- O Senhor dos Anéis é, inicialmente, um livro só. O Editor de Tolkien o aconselhou a dividir em três partes: A Sociedade do Anel (este), As Duas Torres e O Retorno do Rei.
2- A Sociedade do Anel foi publicado em 1954.
3- Este filme foi lançado em 2001, mas os três filmes foram gravados juntos na Nova Zelândia em 1999 (informação retirada dos DVDs Extras do Box).
Por que assistir a A Sociedade do Anel?
O universo que Tolkien criou é muito rico. O autor inglês instituiu raças, religiões, geografia, história e linguagens à Terra-Média, requisitos essenciais. O mundo de Arda é completo.
Reproduzir um filme destes no cinema é uma tarefa dificílima. Talvez o primeiro filme de Peter Jackson, por ser uma loucura total (ninguém em sã consciência dirigiria ou produziria um filme como Bad Taste, mas Peter o fez!), acabou levando os idealizadores a contratá-lo para o papel. E não é que deu certo?
Gravado em um ano sem interrupções na Nova Zelândia com locações de paisagem quase inalterada pelo homem e muito semelhantes à Europa que a Terra-Média representa: uma grande produção que corta, em sua massacrante maioria, apenas partes que são importantes para os livros, mas que seriam supérfluas e cansativas nos filmes. Atores consagrados como Cate Blanchett (Galadriel) e Sir Ian McKellen (Gandalf) e outros "novatos" na época, como Orlando Bloom (Legolas) e, principalmente, Elijah Wood (Frodo), foram um dos destaques do filme e o levaram ao sucesso estrondoso digno de Tolkien, juntamente com os efeitos especiais extremamente avançados para a época. Se puderem assistir ao DVD de Extras dos filmes, poderão entender como o complexo Gollum foi projetado, como as imensas batalhas foram construídas... Sabiam que as espadas das batalhas eram todas de verdade (com suas adaptações)? Para conferir mais veracidade ao filme, já que as de cenografia com os constantes choques se partiam muito facilmente. E que Viggo Mortensen (um dos melhores, senão o melhor ator do filme junto com Gandalf) quase se afogou em uma das gravações...? Tudo pela arte!
Para com O Senhor dos Anéis só há duas escolhas: ou você o ama, ou o odeia. Não há como ter meio termo em tal proporção... De qual lado você está? De Sauron ou dos povos livres da Terra-Média?
Espero que assistam ao filme, que gostem... mas espero, PRINCIPALMENTE, que leiam os livros. O Universo de Tolkien deve ser conhecido para não ser esquecido. Ou vocês realmente acreditam que ele nunca existiu?
Pois eu não. O Paraíso, para mim, será realizar meu maior sonho: finalmente entrar em um barco Élfico e voltar à Terra-Média, ao meu lugar de direito.
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