Autora Parceira: Paula Pimenta + Entrevista


1- Poderia se apresentar aos leitores do blog?
Olá! Meu nome é Paula Pimenta, sou a autora da série de livros “Fazendo meu filme”!


2- Quando você começou a pensar em escrever, e por quê?
Eu sempre gostei de Português no colégio, adorava fazer redações… Na época do vestibular, resolvi fazer Jornalismo, para profissionalizar esse amor pela escrita. Mas logo no começo do curso, eu me decepcionei. Descobri que eu não queria relatar os fatos imparcialmente e, sim, colocar emoção nas linhas. Os meus professores, ao lerem as minhas matérias jornalísticas, perguntavam se eram crônicas. Foi quando eu descobri que era aquilo que eu queria, me colocar dentro da história, opinar, criar. E, por isso, acabei transferindo de curso, para poder ser mais criativa. Me formei em Publicidade e Propaganda. Mas foi com “Fazendo meu filme” que eu realmente descobri que o que eu mais gosto de escrever são romances.

3- Além de escritora, você tem alguma outra atividade profissional?
Sou formada em Publicidade, mas já alguns anos não exerço a profissão. Também estudei Música a vida inteira e dou aulas de violão. Mas cada vez mais tenho me dedicado apenas à escrita.

4- Como foi o início da carreira? A família e os amigos apoiaram?
Meu pai e minha mãe me apoiaram muito. Minha mãe sempre é a primeira que lê os livros e desde o começo ela me fez acreditar que eles eram bons. E o meu pai disse que me ajudaria a publicar mesmo que tivesse que ser independente, caso eu não conseguisse editora. Tenho muito a agradecer a eles. Minhas amigas também sempre me incentivaram, quando eu era colunista do site Crônica do Dia (um site de crônicas), elas viviam divulgando minhas crônicas e também dando idéias para novas... Hoje em dia elas até “brigam” para ver quem vai ler os capítulos de Fazendo meu filme primeiro, já que eu mando para elas à medida em que vou escrevendo... :)

5- Como você encara o cenário literário do Brasil atualmente?
Acho que as pessoas estão vencendo um pouco o preconceito. O brasileiro tem essa mania de considerar bom apenas o que é importado e nem dá chance para o produto nacional. Isso está mudando lentamente, inclusive pela quantidade de bons escritores brasileiros que têm aparecido.

6- Os livros mais vendidos do Brasil são, sem dúvidas, estrangeiros. Isto parte de um preconceito contra a literatura nacional arraigado há gerações ou crê que haja falta de divulgação e valorização por parte das Editoras?
Como disse anteriormente, acho que o preconceito com a literatura nacional está sendo quebrado aos poucos. Estão dando mais espaço para os bons autores que estão surgindo. Mas, acredito que muitas editoras ainda têm, sim, uma resistência em publicar um livro nacional, e eu até entendo um pouco a parte delas, pois é bem mais garantido simplesmente comprar os direitos e traduzir um livro que já tenha sido sucesso no exterior do que investir em um nacional que não seja garantia de boas vendas... O problema também é que quando um escritor daqui finalmente consegue ter o livro publicado, vem o público, que não “veste a camisa” dos autores nacionais e prefere comprar livros de autores estrangeiros... No entanto, lentamente estamos mudando isso, e espero que muitos leiam cada vez mais livros nacionais.

7- Como foi a publicação de seu livro?
Eu queria publicar de qualquer forma, mesmo que fosse independente. Mas resolvi arriscar em editoras primeiro. Nas duas primeiras que eu fui, nem quiseram ler o meu livro. O dono de uma delas chegou a me falar inclusive que “adolescentes não lêem livros grossos”! Na época não tinha Crepúsculo ainda, mas tive vontade de perguntar se ele nunca tinha ouvido falar de Harry Potter, pois o sexto volume da série tinha acabado de ser lançado e tinha o dobro do tamanho do meu livro! Na terceira, a dona de lá no começo também não ficou muito interessada, mas quando eu contei do que se tratava o livro (uma garota que resolve fazer intercâmbio, mas que se apaixona no meio do processo de ida), ela resolveu que iria ler. Leu, gostou e publicou (ainda que dois anos depois, pois havia um cronograma de publicações que precisava ser respeitado). O começo para um autor iniciante é bem difícil, é preciso ter muita força de vontade. Mas depois do primeiro livro, tudo fica mais fácil.

8- Como escritora, você deve ler muito. Quais são as maiores referências para você? Alguma escola literária o marcou nesta jornada?
A Meg Cabot é minha autora preferida. Ela é minha maior influência, adoro tudo que ela escreve. A Martha Medeiros é outra autora que me influenciou demais. Como ela, eu comecei escrevendo poesias, depois passei pra crônicas e só então me arrisquei a escrever um romance. Mas agora que percebi que esse é o gênero que mais gosto de escrever, não quero mais parar!

9- Dizem que os primeiros livros são um pouco autobiográficos. Isto se aplica a você? Os personagens foram baseados em pessoas do seu convívio?
Acho que sim... É sempre mais fácil escrever sobre o que nós conhecemos bem, então acho que nada é tranquilo do que escrever sobre nós mesmos... Inicialmente eu me inspirei em alguns fatos da minha vida, como o intercâmbio, a paixão pelo melhor amigo e pelo professor, e inseri na história da Fani. Porém, aos poucos, fui mudando os fatos, usando muito a imaginação, e aí deixou de ser a minha vida para virar a da Fani.
Eu peguei algumas características de pessoas que eu conheço e coloquei nos personagens, mas não todas. A Fani se parece um pouquinho comigo, especialmente na timidez, no jeito sonhador, na introversão… A Gabi é um “mix” de várias amigas minhas, o Leo se parece um pouco com o meu melhor amigo de adolescência, que tinha mania de gravar músicas pra dar de presente… Mas realmente são apenas pequenos detalhes que eu incluí nos personagens, a maior parte da personalidade deles eu criei.

10- A sua jornada como escritora apenas começou, creio eu. Qual é o seu maior intento? Qual o maior sonho em sua vida de escritor que ainda não realizou?
Atualmente meu maior sonho é que “Fazendo meu filme” vire um filme! Como a maioria dos meus leitores, eu adoraria ver meus personagens nas telonas! Torço muito para que isso aconteça.

11- A Arte de capa de seu livro foi sua idéia ou teve a sua colaboração? Aproveitando a pergunta, além do texto, quais foram as suas contribuições para a edição de seu livro?
Eu sugeri ao designer da minha editora (Diogo Droschi) alguns elementos que eu gostaria que entrassem na capa, mas foi ele quem conduziu e criou toda a arte. Agradeço muito ao Diogo, pois – modéstia a parte – eu as considero as capas mais lindas que já vi! :)
Eu criei toda a parte interna dos livros, como os bilhetinhos, as letras diferenciadas, as citações como se fossem em caligrafia... Claro que o pessoal da editora deu uma refinada, mas a ideia básica foi minha, já entreguei o original dessa maneira.

12- Quanto tempo levou para escrever seu livro? Há pessoas que certamente revisaram. Qual o papel delas no projeto do livro, ou seja, quanto elas contribuíram efetivamente para a construção do livro até o momento da publicação?
Demorei oito meses para escrever “Fazendo meu filme 1”, três meses para escrever “Fazendo meu filme 2” e cinco meses para escrever “Fazendo meu filme 3”.
O papel do revisor é extremamente importante, pois o autor se envolve emocionalmente com o livro e por isso às vezes deixa passar algum erro, tanto de gramática quanto de digitação. Dessa forma, é imprescindível que exista esse profissional que leia o livro com um olhar técnico, para encontrar os erros e “limpar” o livro. A minha revisora (Ana Carolina Lins) se tornou uma amiga. Ela tem inclusive liberdade para me sugerir modificações no texto, e sempre me ajuda quando tenho alguma dúvida.
Realmente a equipe da minha editora é nota dez e eu só tenho que agradecer por isso!

Obrigada, Paula! Visitem o site (Clique Aqui) e conheça mais!

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5 comentários:

  1. Oi Ana, parabéns pela parceria!!
    Adorei a entrevista, me identifiquei muito com a Paula.

    Beijinhos
    Conjunto da Obra

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  2. Olá, Julia!

    Obrigada!! Que bom que gostou da entrevista. A Paula é um amor, não é?

    Obrigada pela visita! Retorne sempre que desejar.

    Abraços!

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  3. Ameei, queria muito ler a série Fazendo meu filme, mas não chega aqui no fim de mundo onde eu moro... asuhush

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  4. Olá, Paola!

    Eu também adoraria ler a série, mas também sofro do seu problema! rs. Teria que comprar pela internet, mas... O dinheiro não vai muito bem, entende? rs.

    Obrigada pela visita! Volte sempre que desejar.

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  5. Oiee Ana A entrevista ficou MUITO boa gosto muito da série FMF quando eu terminei o 3 queria logo o 4 mais só vai laça4 em Novembro não vejo a horaa!

    Beijooo Parbéeens

    Pietraa

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