A Novidade: Banda El Paso!
Gostaria de pedir desculpas por ontem ter ficado ausente. Fiz um workshop de fotografia cinematográfica (teremos novidades incrÃveis quanto a isto) e assisti a Enrolados (mais uma postagem para o Balde de Pipoca, não percam!).
Primeiro post do quadro "A Novidade"! Como já havia dito antes, aqui teremos entrevistas com escritores, músicos e bandas.
A entrevista de hoje é com a banda El Paso!
Quais são os integrantes? E de onde vocês são?
Temos Oscar Santana no contra-baixo, Rafael Cab na bateria, Anderson Ventura na Guitarra e André Oliveira na guitarra e nos vocais. O primeiro é de Osasco e os outros de Santo André/SP
Como a banda surgiu? Qual o significado do nome?
A banda começou quando eu, André e o Anderson tocamos juntos numa banda de covers, ficamos amigos, (que aliás é a melhor parte de todo o lance, todos somos amigos, saimos juntos mesmo sem ter algo relacionado à banda acontecendo) gostamos de tocar juntos e resolvemos montar um time de futebol. Como tinham poucas pessoas ficamos com a banda de rock, que era a segunda opção.
O nome é um anagrama para A. Lopes, um cara que influenciou a gente pra caramba. Também é o nome de uma cidade americana muito acionada em filmes que a gente curte, um lugar misterioso que gostarÃamos de representar de uma forma sonora.
Qual o estilo que vocês tocam?
Tentamos fazer música inspirados em sentidos, em referências não musicais, portanto é difÃcil classificar o som de primeira, a pegada da banda é rock, sem dúvida. As referências nem sempre. Cantamos em português, aliás.
Como vocês veem o cenário musical do Brasil atualmente?
O Brasil é uma paÃs complicado desde sua polÃtica passando pelo campeonato de malha para a terceira idade e chegando enfim na música. Existe uma cena emergente onde muita coisa sem expressão ganha espaço, muita gente talentosa morre na praia. Existe muita banda, pouco espaço pra elas portanto mais uma vez os contatos que você possui dão um chapéu no talento nato e na vontade de fazer um som próprio.
Quais são as influências da banda?
Gostamos muito de filmes, arte, cerveja, amigos. E por mais vago que seja isso é muito mais presente nas músicas do que artista X ou artista Y. Tentamos dirigir as músicas para que o ouvinte possa se sentir envolvido e visualizar uma cena. As vezes funciona por outras vezes não.
Mas enquanto influências musicais temos Queens of The Stone Age, Rolling Stones, Radiohead, John Frusciante, Daft Punk, The Mars Volta, e por aà vai. Nas letras procuramos boas referências de coisa em português mesmo, de Nação Zumbi à Chico Buarque, já é outro universo a ser explorado.
Com tantas bandas por aà (algumas nem muito boas), deve ser difÃcil conseguir algo concreto como um contrato com gravadora. A banda já recebeu alguma proposta? Vocês encaram essa dificuldade de que forma?
Já recebemos propostas de produtoras, de gravadoras nunca rolou. Mas hoje em dia existe um sadomasoquismo incrustado na coisa toda. Você quer ser contratado pra poder tocar, mas tem que pagar o serviço pros caras, ou seja, hoje em dia a banda é quem contrata e não as produtoras, gravadoras e etc. Pra chegar nas exceções de receber pra tocar, ou simplesmente de poder mostrar o som sem ser incomodado é um longo caminho.
Qual o melhor momento de inspiração para compor? A banda já tem um compositor oficial ou todos trabalham na construção da música?
O melhor momento é quando a idéia aparece sem mais nem menos, quando você está no trânsito, ou no trem, ou numa reunião, ou fazendo qualquer moralidade. A coisa vem naturalmente e você tenta favorecê-la criando todo um universo pra isso. Experimentando todas as possibilidades às vezes sem ter nenhum instrumento por perto.
O André e o Anderson são os compositores iniciais, que trazem o projeto e as letras, mas toda música passa por um amadurecimento de todos os integrantes.
Como é a receptividade do público nos shows? Como foi a primeira vez em que vocês se apresentaram?
O público geralmente gosta do que vê, da originalidade e da pegada nas músicas. Apesar de nossa grande base ainda ser composta por amigos e passantes. Tem uma colônia de fãs do El Paso no Rio Grande do Sul, e a gente está ansioso pra mostrar o som pra eles ao vivo.
O primeiro show foi em um festival de música independente de São Paulo, era classificatória então passamos entre as 12 primeiras, de 72 inscritas, o que ocasionou nosso segundo show que também rolou Forgotten Boys e Dance of Days, não ganhamos.
Se vocês pudessem modificar algo essencial na banda, o que seria?
O dinheiro, provavelmente, pra mais. E tempo livre pra criar, também pra mais. De resto absolutamente nada.
Como vocês descreveriam a si mesmos e a banda?
Somos caras interessados e curiosos, todos amigos próximos e com grandes intenções, a banda é a vazão dessa nossa curiosidade e gosto. Nossa forma de introduzir nossas opiniões pras pessoas.
Qual é o objetivo principal: fazer sucesso, boa música, alguma ideologia...?
Acredito que ser uma banda respeitada já seria pra gente o sucesso, a boa música seria uma música sincera sem algemas ou travas, tanto de gêneros quanto de possibilidades.
Nossa ideologia é bem simples, respeitar cada composição pelo que ela deve ser. As músicas nascem sozinhas, nós só calculamos os espaços que ela deve percorrer.
Vocês topariam ir a um programa de televisão tocar? Em qual programa de forma alguma vocês iriam?
ToparÃamos sim, ia ser uma experiência diferente. Mas com a condição de não rolar playback. Que é uma coisa muito chata, mas esse tipo de coisa acontece quando se toca nesses programas de televisão, a música não é a maior preocupação. Tem toda a imagem envolvida, o que é uma merda.
Os games de hoje em dia utilizam muitas músicas de bandas famosas como pano de fundo. Acham que isso ajuda, por divulgar o trabalho do artista, ou atrapalha, por ser apenas pano de fundo e não se ter tanto enfoque na mensagem que o artista quer passar?
Pergunta interessante. Os profissionais que escolhem as músicas geralmente procuram favorecer a atmosfera do jogo, então acho que se a quÃmica existe, pode dar até mais amplitude para o tema, uma nova interpretação.
Já tiveram algum problema por causa da banda com familiares, amigos, escola...?
Somente na questão de separar o tempo mesmo, parece ser difÃcil entrar na cabeça de algumas pessoas que a gente acredita nisso como profissão. Aquela coisa de ''como assim você tem ensaio? Hoje nós temos que sair'' ou coisa do tipo. Duvido que digam isso pros advogados. ''Que redigir a acusação do Elias Maluco que nada, hoje nós vamos naquele shopping.''
Têm alguma curiosidade sobre a banda que gostariam de compartilhar?
Já tivemos outro vocalista e outro baterista, ambos nossos amigos. O André costumava tocar guitarra e escrever as letras pra outra pessoa cantar. Facilitou bastante a questão de logÃstica depois que ele passou a cantar as próprias composições.
Têm alguma mensagem para os leitores? Algum site para divulgação da banda? Falem o que quiserem!
Agradecemos o espaço e a entrevista, é sempre um prazer!
Aqui está o link para o primeiro videoclipe da banda:
PS: Tem um poster de A Clockwork Orange no fundo? *-*'
MySpace
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E-mail
Rapidinhas:
Banda Favorita: The Mars Volta(por maioria de votos)
Música Favorita: Rolling Stones - Gimme Shelter
Estilo Favorito: Rock Alternativo (pra fazer música. Pra escutar, sempre tem algo legal onde você não imagina. Tipo aquele estilo Guitarrada lá que tem no Nordeste, coisa bizarra.
Livro/poesia favoritos: Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Márquez
Banda que não suporta: Tem muita coisa ruim, acho que o Cine. Cine é bem zoado.
Estilo que não suporta: Estilo é uma invenção da rede globo, tem coisa boa e ruim em todos.
Música que não suporta: Will.I.Am - I Got It from my mamma
Livro/poesia não suportados: Po, os de vampiro são bem tensos.
Dedicam a entrevista a alguém especial?
Mano Nenê, nosso guro nas matemáticas da gravação.
Muito Obrigada pela entrevista! Foram muito educados e gentis. Escutem-lhes o som! Não irão se arrepender.
Primeiro post do quadro "A Novidade"! Como já havia dito antes, aqui teremos entrevistas com escritores, músicos e bandas.
A entrevista de hoje é com a banda El Paso!
Quais são os integrantes? E de onde vocês são?
Temos Oscar Santana no contra-baixo, Rafael Cab na bateria, Anderson Ventura na Guitarra e André Oliveira na guitarra e nos vocais. O primeiro é de Osasco e os outros de Santo André/SP
Como a banda surgiu? Qual o significado do nome?
A banda começou quando eu, André e o Anderson tocamos juntos numa banda de covers, ficamos amigos, (que aliás é a melhor parte de todo o lance, todos somos amigos, saimos juntos mesmo sem ter algo relacionado à banda acontecendo) gostamos de tocar juntos e resolvemos montar um time de futebol. Como tinham poucas pessoas ficamos com a banda de rock, que era a segunda opção.
O nome é um anagrama para A. Lopes, um cara que influenciou a gente pra caramba. Também é o nome de uma cidade americana muito acionada em filmes que a gente curte, um lugar misterioso que gostarÃamos de representar de uma forma sonora.
Qual o estilo que vocês tocam?
Tentamos fazer música inspirados em sentidos, em referências não musicais, portanto é difÃcil classificar o som de primeira, a pegada da banda é rock, sem dúvida. As referências nem sempre. Cantamos em português, aliás.
Como vocês veem o cenário musical do Brasil atualmente?
O Brasil é uma paÃs complicado desde sua polÃtica passando pelo campeonato de malha para a terceira idade e chegando enfim na música. Existe uma cena emergente onde muita coisa sem expressão ganha espaço, muita gente talentosa morre na praia. Existe muita banda, pouco espaço pra elas portanto mais uma vez os contatos que você possui dão um chapéu no talento nato e na vontade de fazer um som próprio.
Quais são as influências da banda?
Gostamos muito de filmes, arte, cerveja, amigos. E por mais vago que seja isso é muito mais presente nas músicas do que artista X ou artista Y. Tentamos dirigir as músicas para que o ouvinte possa se sentir envolvido e visualizar uma cena. As vezes funciona por outras vezes não.
Mas enquanto influências musicais temos Queens of The Stone Age, Rolling Stones, Radiohead, John Frusciante, Daft Punk, The Mars Volta, e por aà vai. Nas letras procuramos boas referências de coisa em português mesmo, de Nação Zumbi à Chico Buarque, já é outro universo a ser explorado.
Com tantas bandas por aà (algumas nem muito boas), deve ser difÃcil conseguir algo concreto como um contrato com gravadora. A banda já recebeu alguma proposta? Vocês encaram essa dificuldade de que forma?
Já recebemos propostas de produtoras, de gravadoras nunca rolou. Mas hoje em dia existe um sadomasoquismo incrustado na coisa toda. Você quer ser contratado pra poder tocar, mas tem que pagar o serviço pros caras, ou seja, hoje em dia a banda é quem contrata e não as produtoras, gravadoras e etc. Pra chegar nas exceções de receber pra tocar, ou simplesmente de poder mostrar o som sem ser incomodado é um longo caminho.
Qual o melhor momento de inspiração para compor? A banda já tem um compositor oficial ou todos trabalham na construção da música?
O melhor momento é quando a idéia aparece sem mais nem menos, quando você está no trânsito, ou no trem, ou numa reunião, ou fazendo qualquer moralidade. A coisa vem naturalmente e você tenta favorecê-la criando todo um universo pra isso. Experimentando todas as possibilidades às vezes sem ter nenhum instrumento por perto.
O André e o Anderson são os compositores iniciais, que trazem o projeto e as letras, mas toda música passa por um amadurecimento de todos os integrantes.
Como é a receptividade do público nos shows? Como foi a primeira vez em que vocês se apresentaram?
O público geralmente gosta do que vê, da originalidade e da pegada nas músicas. Apesar de nossa grande base ainda ser composta por amigos e passantes. Tem uma colônia de fãs do El Paso no Rio Grande do Sul, e a gente está ansioso pra mostrar o som pra eles ao vivo.
O primeiro show foi em um festival de música independente de São Paulo, era classificatória então passamos entre as 12 primeiras, de 72 inscritas, o que ocasionou nosso segundo show que também rolou Forgotten Boys e Dance of Days, não ganhamos.
Se vocês pudessem modificar algo essencial na banda, o que seria?
O dinheiro, provavelmente, pra mais. E tempo livre pra criar, também pra mais. De resto absolutamente nada.
Como vocês descreveriam a si mesmos e a banda?
Somos caras interessados e curiosos, todos amigos próximos e com grandes intenções, a banda é a vazão dessa nossa curiosidade e gosto. Nossa forma de introduzir nossas opiniões pras pessoas.
Qual é o objetivo principal: fazer sucesso, boa música, alguma ideologia...?
Acredito que ser uma banda respeitada já seria pra gente o sucesso, a boa música seria uma música sincera sem algemas ou travas, tanto de gêneros quanto de possibilidades.
Nossa ideologia é bem simples, respeitar cada composição pelo que ela deve ser. As músicas nascem sozinhas, nós só calculamos os espaços que ela deve percorrer.
Vocês topariam ir a um programa de televisão tocar? Em qual programa de forma alguma vocês iriam?
ToparÃamos sim, ia ser uma experiência diferente. Mas com a condição de não rolar playback. Que é uma coisa muito chata, mas esse tipo de coisa acontece quando se toca nesses programas de televisão, a música não é a maior preocupação. Tem toda a imagem envolvida, o que é uma merda.
Os games de hoje em dia utilizam muitas músicas de bandas famosas como pano de fundo. Acham que isso ajuda, por divulgar o trabalho do artista, ou atrapalha, por ser apenas pano de fundo e não se ter tanto enfoque na mensagem que o artista quer passar?
Pergunta interessante. Os profissionais que escolhem as músicas geralmente procuram favorecer a atmosfera do jogo, então acho que se a quÃmica existe, pode dar até mais amplitude para o tema, uma nova interpretação.
Já tiveram algum problema por causa da banda com familiares, amigos, escola...?
Somente na questão de separar o tempo mesmo, parece ser difÃcil entrar na cabeça de algumas pessoas que a gente acredita nisso como profissão. Aquela coisa de ''como assim você tem ensaio? Hoje nós temos que sair'' ou coisa do tipo. Duvido que digam isso pros advogados. ''Que redigir a acusação do Elias Maluco que nada, hoje nós vamos naquele shopping.''
Têm alguma curiosidade sobre a banda que gostariam de compartilhar?
Já tivemos outro vocalista e outro baterista, ambos nossos amigos. O André costumava tocar guitarra e escrever as letras pra outra pessoa cantar. Facilitou bastante a questão de logÃstica depois que ele passou a cantar as próprias composições.
Têm alguma mensagem para os leitores? Algum site para divulgação da banda? Falem o que quiserem!
Agradecemos o espaço e a entrevista, é sempre um prazer!
Aqui está o link para o primeiro videoclipe da banda:
PS: Tem um poster de A Clockwork Orange no fundo? *-*'
Escutem o som, leiam o livro, produzam suas próprias idéias, escutem El Paso. Ouvi falar que os caras são a mistura do Led Zeppelin, com uma nave espacial, e uma cadeira de balanço de frente para o mar.Contato:
MySpace
Rapidinhas:
Banda Favorita: The Mars Volta(por maioria de votos)
Música Favorita: Rolling Stones - Gimme Shelter
Estilo Favorito: Rock Alternativo (pra fazer música. Pra escutar, sempre tem algo legal onde você não imagina. Tipo aquele estilo Guitarrada lá que tem no Nordeste, coisa bizarra.
Livro/poesia favoritos: Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Márquez
Banda que não suporta: Tem muita coisa ruim, acho que o Cine. Cine é bem zoado.
Estilo que não suporta: Estilo é uma invenção da rede globo, tem coisa boa e ruim em todos.
Música que não suporta: Will.I.Am - I Got It from my mamma
Livro/poesia não suportados: Po, os de vampiro são bem tensos.
Dedicam a entrevista a alguém especial?
Mano Nenê, nosso guro nas matemáticas da gravação.
Muito Obrigada pela entrevista! Foram muito educados e gentis. Escutem-lhes o som! Não irão se arrepender.
Nossa! Adorei o estilo da banda! Não conhecia! O.O
ResponderExcluirMuitooo bom! Curtindo o som!!! =D
bjusss
Não conheço a banda.
ResponderExcluirLi a entrevista e por gostarem dos Stones, já tem crédito comigo.
O rock precisa de gente nova com influência de músicos de verdade, e os Stones é a prova disso.
Sucesso para a banda em sua carreira e parabéns pela entrevista.
William
www.tocadowilliam.com
Gostei da entrevista, e a banda parece ser bem legal também.
ResponderExcluirÓtima ideia para o blog!
Beijos.
Oii Ana, eu não conhecia essa banda
ResponderExcluirmas adorei sua entrevista! muito legal mesmo
beijinhos
Madú
Segredos do Coração
Hey Ana, obrigado pelo espaço e parabens pelo blog.
ResponderExcluirbeijão
Rafael Cab
Sensacional!
ResponderExcluirMas tenho saudades do Diogo nos vocais!