RESENHA: Os deixados para trás - Tom Perrotta
Os deixados para trás
Autor: Tom Perrotta
Editora: Intrínseca
Ano: 2012 (lançamento)
Sinopse: O que aconteceria se, de repente, sem nenhuma explicação, pessoas simplesmente desaparecessem, sumissem no ar? É o que os perplexos moradores de Mapleton, que perderam muitos vizinhos, amigos e companheiros no evento conhecido como Partida Repentina, precisam descobrir. Desde o ocorrido nada mais está do mesmo jeito — nem casamentos, nem amizades, nem mesmo o relacionamento entre pais e filhos. O prefeito da cidade, Kevin Garvey, quer acelerar o processo de cura, trazer um sentimento de esperanças renovadas e propósito para sua comunidade traumatizada. Ainda que sua família tenha sido desfeita com o desastre: sua esposa o deixou para se juntar a um culto cujos membros fazem voto de silêncio; seu filho, Tom, abandonou a faculdade para seguir um profeta duvidoso chamado Santo Wayne; e sua filha adolescente, Jill, não é mais a dócil estudante nota dez que costumava ser. Em meio a tudo isso, Kevin ainda se vê envolvido com Nora Durst, uma mulher que perdeu toda a sua família no 14 de Outubro e continua chocada com a tragédia, apesar de se esforçar para seguir adiante e recomeçar a vida. Com emoção, inteligência e uma rara habilidade para enfatizar os problemas inerentes à vida comum, Tom Perrotta escreve um romance impressionante e provocativo sobre amor, conexão e perda.
OBS: Como algumas pessoas devem saber, o blog será fechado em breve... Por conta disso, decidi que não quero mais escrever aquelas resenhas extremamente técnicas! Vocês perceberão os tópicos abordados anteriormente, mas agora será mais como uma conversa informal, hehehe. Quero me divertir antes de acabar!
(1ª Tes., 4:16,17) Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com
eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
O grande marco trágico de nossa era foi o 11 de setembro, atentado terrorista ao World Trade Center nos Estados Unidos. Por enquanto...
O dia 14 de outubro deveria ser um dia normal. Deveria. Mas eis que algumas pessoas começaram a desaparecer misteriosamente, fenômeno denominado Arrebatamento, descrito por vários credos.
O problema é que não foi um evento isolado a um destes; pessoas de todos os tipos de ideologia desapareceram, afundando mundo em frustração, medo e resignação forçada.
Esta não é uma narrativa fácil de analisar, já que não haverá consenso quanto aos efeitos que causará em cada leitor. Mas nunca há, certo?
A narrativa é lisa e linear. Lembra-se dos picos de tensão? Aqui não há. Muitas pessoas acharão o livro monótono e outras ficarão curiosas, pois o aspecto morno tem esse propósito. Eu, particularmente, fiquei no meio termo, mas estou propensa a gostar por conta das personagens. Não que elas sejam cativantes - bem longe disso! Gosto muito da psicologia que envolve tal romance: como cada um reage à perda de uma pessoa querida de forma abrupta e desconhecida?
Outro ponto polêmico é que o autor não mostra o que aconteceu aos que foram levados e aos deixados dos outros cantos do mundo. Quanto ao primeiro ponto, era de se esperar e não merece crítica de minha parte. Se nem os arrebatados sabem, por que deveríamos? O livro trata dos renegados. Quando ao segundo, a cidade de Mapleton é utilizada como uma caricatura do que aconteceu no resto do mundo. Somos diferentes, mas as reações não são tão únicas.
Espaço e tempo estão em conformidade com a proposta.
Trabalho editorial muito bom: capas muito bonitas, bem pertinentes ao enredo e feitas de material resistente; diagramação e letras impecáveis; sinopse um tanto difusa do restante do enredo.
Gostei, mas não darei nota além de "Bom". Acho que poderia ter sido melhor desenvolvido nos aspectos acima citados (embora eles sejam interessantes).
Autor: Tom Perrotta
Editora: Intrínseca
Ano: 2012 (lançamento)
Sinopse: O que aconteceria se, de repente, sem nenhuma explicação, pessoas simplesmente desaparecessem, sumissem no ar? É o que os perplexos moradores de Mapleton, que perderam muitos vizinhos, amigos e companheiros no evento conhecido como Partida Repentina, precisam descobrir. Desde o ocorrido nada mais está do mesmo jeito — nem casamentos, nem amizades, nem mesmo o relacionamento entre pais e filhos. O prefeito da cidade, Kevin Garvey, quer acelerar o processo de cura, trazer um sentimento de esperanças renovadas e propósito para sua comunidade traumatizada. Ainda que sua família tenha sido desfeita com o desastre: sua esposa o deixou para se juntar a um culto cujos membros fazem voto de silêncio; seu filho, Tom, abandonou a faculdade para seguir um profeta duvidoso chamado Santo Wayne; e sua filha adolescente, Jill, não é mais a dócil estudante nota dez que costumava ser. Em meio a tudo isso, Kevin ainda se vê envolvido com Nora Durst, uma mulher que perdeu toda a sua família no 14 de Outubro e continua chocada com a tragédia, apesar de se esforçar para seguir adiante e recomeçar a vida. Com emoção, inteligência e uma rara habilidade para enfatizar os problemas inerentes à vida comum, Tom Perrotta escreve um romance impressionante e provocativo sobre amor, conexão e perda.
OBS: Como algumas pessoas devem saber, o blog será fechado em breve... Por conta disso, decidi que não quero mais escrever aquelas resenhas extremamente técnicas! Vocês perceberão os tópicos abordados anteriormente, mas agora será mais como uma conversa informal, hehehe. Quero me divertir antes de acabar!
(1ª Tes., 4:16,17) Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com
eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
O grande marco trágico de nossa era foi o 11 de setembro, atentado terrorista ao World Trade Center nos Estados Unidos. Por enquanto...
O dia 14 de outubro deveria ser um dia normal. Deveria. Mas eis que algumas pessoas começaram a desaparecer misteriosamente, fenômeno denominado Arrebatamento, descrito por vários credos.
O problema é que não foi um evento isolado a um destes; pessoas de todos os tipos de ideologia desapareceram, afundando mundo em frustração, medo e resignação forçada.
Esta não é uma narrativa fácil de analisar, já que não haverá consenso quanto aos efeitos que causará em cada leitor. Mas nunca há, certo?
A narrativa é lisa e linear. Lembra-se dos picos de tensão? Aqui não há. Muitas pessoas acharão o livro monótono e outras ficarão curiosas, pois o aspecto morno tem esse propósito. Eu, particularmente, fiquei no meio termo, mas estou propensa a gostar por conta das personagens. Não que elas sejam cativantes - bem longe disso! Gosto muito da psicologia que envolve tal romance: como cada um reage à perda de uma pessoa querida de forma abrupta e desconhecida?
Outro ponto polêmico é que o autor não mostra o que aconteceu aos que foram levados e aos deixados dos outros cantos do mundo. Quanto ao primeiro ponto, era de se esperar e não merece crítica de minha parte. Se nem os arrebatados sabem, por que deveríamos? O livro trata dos renegados. Quando ao segundo, a cidade de Mapleton é utilizada como uma caricatura do que aconteceu no resto do mundo. Somos diferentes, mas as reações não são tão únicas.
Espaço e tempo estão em conformidade com a proposta.
Trabalho editorial muito bom: capas muito bonitas, bem pertinentes ao enredo e feitas de material resistente; diagramação e letras impecáveis; sinopse um tanto difusa do restante do enredo.
Gostei, mas não darei nota além de "Bom". Acho que poderia ter sido melhor desenvolvido nos aspectos acima citados (embora eles sejam interessantes).
O Autor
Tom Perrotta é norte-americano. Duas de suas obras já foram adaptadas para o cinema — Criancinhas (Pecados íntimos, com Kate Winslet) e Election (Eleição, com Reese Whiterspoon e Mathew Broderick) — e aclamadas pela crítica. Pela adaptação de Pecados íntimos, foi indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado. Considerado uma revelação da literatura em língua inglesa, Perrotta busca a análise irônica e contundente da sociedade norte-americana, revelando segredos e obsessões de uma nação aparentemente conservadora.
Agradeço à Editora Intrínseca pelo exemplar.
ATENÇÃO: Este tipo de resenha é um teste. As próximas poderão ser tanto neste formato quanto no anterior. Qualquer dúvida, mande um e-mail.
Declaro que as imagens usadas acima não são de minha autoria, respeitando os direitos autorais dos verdadeiros criadores.
Tom Perrotta é norte-americano. Duas de suas obras já foram adaptadas para o cinema — Criancinhas (Pecados íntimos, com Kate Winslet) e Election (Eleição, com Reese Whiterspoon e Mathew Broderick) — e aclamadas pela crítica. Pela adaptação de Pecados íntimos, foi indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado. Considerado uma revelação da literatura em língua inglesa, Perrotta busca a análise irônica e contundente da sociedade norte-americana, revelando segredos e obsessões de uma nação aparentemente conservadora.
Agradeço à Editora Intrínseca pelo exemplar.
ATENÇÃO: Este tipo de resenha é um teste. As próximas poderão ser tanto neste formato quanto no anterior. Qualquer dúvida, mande um e-mail.
Declaro que as imagens usadas acima não são de minha autoria, respeitando os direitos autorais dos verdadeiros criadores.

Sobre a Autora:
Ana Carolina Nonato cursa Ciência da Computação na Universidade de São Paulo (USP), mais especificamente no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) em São Carlos. Leitora assídua desde os 3 anos de idade, os livros são seus maiores amores na vida juntamente com o Cinema (antigo) e o bom e velho rock 'n' roll. |
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