RESENHA: Um inverno me esfria - Darlan Soares
Um inverno me esfria
Autor: Darlan Soares
Páginas: 79
Ano: 2008
Sinopse: O que você faria se visse a pessoa que ama com outra pessoa, e essa pessoa parece ser você mesmo? É isso que acontece com Bernardo, perdido em um café da cidade, à procura de alguém que acha amar, encontra pessoas que se vestem e agem como ele. Quem é a pessoa com o mesmo nome que o seu que lhe escreve bilhetes? Quem é o homem do café que se veste igual a ele? Uma história emocionante, eletrizante... ajude Bernardo a descobrir o que está acontecendo.
Enredo
• Espaço: não é o foco principal; portanto, serve apenas de embasamento para o entorno do personagem (mesmo em seus devaneios).
• Tempo: É passível de identificação através de algumas passagens. Subjetivo pela forma com que o autor desenrola os "fatos".
• Personagens: Critério mais importante a ser analisado. Entre os devaneios da personagem principal, o leitor se vê completamente entranhado nas emoções da mesma, perguntando-se o que é realidade e o que são apenas fantasias. A bagagem emocional de Bernardo o torna uma personagem intrincada e complexa.
• Criatividade: Envolver poesia com a temática foi muito criativo, já que não é algo comum atualmente (a prosa é mais utilizada nestes casos).
• Andamento do enredo: Duas palavras podem definir bem: Montanha Russa. Como Bernardo (e, consequentemente, o leitor) vive confusão mental de forma que não identifica o que é alucinação e o que é realidade, há muitos altos e baixos durante a poética deste livro. Além de o leitor poder estranhar tantas mudanças bruscas, em "Estrutura artística" serão detalhados outros problemas que comprometeram o andamento.
• Início, meio e fim: A trama é boa. Entre seus devaneios (inclusive uma suspeita de crime), várias emoções comuns ao leitor (medo, raiva, paixão, obsessão) são intensificadas a níveis elevadíssimos. Outro ponto interessante é a correlação do livro com outro autor. No caso, Drummond (um homem lê no mesmo café em que Bernardo está). A troca de narradores durante a história é um tanto confusa. Há, também, outros aspectos a serem explicitados abaixo.
Estrutura "Artística"
• Capa: Faço minhas as palavras de Nathália Risso: o título é um pleonasmo interessante. Ao invés de "o inverno me esfria" (o que seria uma expressão conveniente), a utilização de "um" no título mostra que não são todos os "invernos que esfriam" a personagem, mas sim um caso em especial. A possível descoberta deste caso em especial é o que intriga o leitor. A capa consegue acabar com boa parte desta vontade de ler. Muito simples, quase um 'copy/paste' e com uma fonte muito artificial. É uma publicação independente, mas mesmo assim há modos de se incrementar uma capa com poucos recursos.
• Diagramação: Muito confusa. A mudança de narradores confunde o leitor, alguns parágrafos são destoantes.
• Fontes: razoáveis.
• Sinopse: pelo que quer demonstrar, é boa. Faltou, possivelmente, uma melhor estruturação da mesma. A ideia principal está ali, mas o modo como foi construída não foi o melhor.
• Enredo: Sem sombra de dúvida é um enredo completamente estruturado (dificilmente alguém conseguiria abaixar a cabeça e escrever isto logo de cara; é preciso um tempo de observação, de decantação, de planejamento). O problema é que há vários erros de grafia e de pontuação, o que compromete (e MUITO) a correta assimilação do leitor.
Estrutura Física (Materiais)
• Capa: Material regular, passível de danos.
• Páginas: De cor um tanto mais escura, reduz a alta reflexão da luz. Material pouco agradável.
Análise
Enredo (x2): 3,33
• Espaço (x2): 3 (bom);
• Tempo (x2): 3 (bom);
• Personagens (x2): 4 (muito boas);
• Criatividade (x1): 5 (ótima);
• Andamento do enredo (x2): 3 (bom);
• Início, meio e fim (x3): 3 (bom);
Estrutura Artística (x1): 2,44
• Capa (x1): 1 (ruim);
• Diagramação (x1): 2 (regular);
• Fontes (x2): 2 (regular);
• Sinopse (x2): 3 (boa);
• Enredo (x3): 3 (bom);
Estrutura física (x1): 2
• Capa (x1): 2 (regular)
• Páginas (x2): 2 (regulares)
Nota final: [2.(3,33) + (2,44).1 + 2.1]/4= 2,77
Gostei da obra?
Fiquei muito triste em dar esta nota. Sabe quando a obra tem um grande potencial, mas por algum motivo tudo dá errado? Este foi o caso. Acho que a edição em si estragou muito da obra. De que adianta ser o melhor livro do mundo se a estrutura que o cerca for insuficiente, for feia, não for funcional? Poucos leitores se aventurariam a comprar um livro com tais propriedades. Tenho grande fé no potencial deste livro e no de Darlan; creio que, se forem feitas as devidas melhorias, este livro tem tudo para receber uma nota, no mínimo, boa.
O Autor
Darlan Hayek Soares, Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, no dia 14 de outubro de 1982, escritor e poeta, autor de dois romances independentes; Um inverno me esfria, e, Depois da última lágrima, Lançados em 2008 e 2009 respectivamente, tendo suas edições esgotadas. Autor do blog docepoetica.blogspot.com onde publica poesias, foi classificado entre os melhores escritores com o soneto intitulado Amando à quem se escolheu amar, sendo convidado a participar da coletânea de sonetos pela livraria Litteris em 2008. Por favor, não deixem a dor regressar é seu terceiro romance. Atualmente trabalha no projeto de seu próximo romance intitulado Uma vida por cinco vidas, onde retratará a vida de uma mãe abandonada pelo companheiro junto às cinco filhas. (Via: skoob).
Esta resenha faz parte do Booktour Selo Brasileiro.
Autor: Darlan Soares
Páginas: 79
Ano: 2008
Sinopse: O que você faria se visse a pessoa que ama com outra pessoa, e essa pessoa parece ser você mesmo? É isso que acontece com Bernardo, perdido em um café da cidade, à procura de alguém que acha amar, encontra pessoas que se vestem e agem como ele. Quem é a pessoa com o mesmo nome que o seu que lhe escreve bilhetes? Quem é o homem do café que se veste igual a ele? Uma história emocionante, eletrizante... ajude Bernardo a descobrir o que está acontecendo.
Enredo
• Espaço: não é o foco principal; portanto, serve apenas de embasamento para o entorno do personagem (mesmo em seus devaneios).
• Tempo: É passível de identificação através de algumas passagens. Subjetivo pela forma com que o autor desenrola os "fatos".
• Personagens: Critério mais importante a ser analisado. Entre os devaneios da personagem principal, o leitor se vê completamente entranhado nas emoções da mesma, perguntando-se o que é realidade e o que são apenas fantasias. A bagagem emocional de Bernardo o torna uma personagem intrincada e complexa.
• Criatividade: Envolver poesia com a temática foi muito criativo, já que não é algo comum atualmente (a prosa é mais utilizada nestes casos).
• Andamento do enredo: Duas palavras podem definir bem: Montanha Russa. Como Bernardo (e, consequentemente, o leitor) vive confusão mental de forma que não identifica o que é alucinação e o que é realidade, há muitos altos e baixos durante a poética deste livro. Além de o leitor poder estranhar tantas mudanças bruscas, em "Estrutura artística" serão detalhados outros problemas que comprometeram o andamento.
• Início, meio e fim: A trama é boa. Entre seus devaneios (inclusive uma suspeita de crime), várias emoções comuns ao leitor (medo, raiva, paixão, obsessão) são intensificadas a níveis elevadíssimos. Outro ponto interessante é a correlação do livro com outro autor. No caso, Drummond (um homem lê no mesmo café em que Bernardo está). A troca de narradores durante a história é um tanto confusa. Há, também, outros aspectos a serem explicitados abaixo.
Estrutura "Artística"
• Capa: Faço minhas as palavras de Nathália Risso: o título é um pleonasmo interessante. Ao invés de "o inverno me esfria" (o que seria uma expressão conveniente), a utilização de "um" no título mostra que não são todos os "invernos que esfriam" a personagem, mas sim um caso em especial. A possível descoberta deste caso em especial é o que intriga o leitor. A capa consegue acabar com boa parte desta vontade de ler. Muito simples, quase um 'copy/paste' e com uma fonte muito artificial. É uma publicação independente, mas mesmo assim há modos de se incrementar uma capa com poucos recursos.
• Diagramação: Muito confusa. A mudança de narradores confunde o leitor, alguns parágrafos são destoantes.
• Fontes: razoáveis.
• Sinopse: pelo que quer demonstrar, é boa. Faltou, possivelmente, uma melhor estruturação da mesma. A ideia principal está ali, mas o modo como foi construída não foi o melhor.
• Enredo: Sem sombra de dúvida é um enredo completamente estruturado (dificilmente alguém conseguiria abaixar a cabeça e escrever isto logo de cara; é preciso um tempo de observação, de decantação, de planejamento). O problema é que há vários erros de grafia e de pontuação, o que compromete (e MUITO) a correta assimilação do leitor.
Estrutura Física (Materiais)
• Capa: Material regular, passível de danos.
• Páginas: De cor um tanto mais escura, reduz a alta reflexão da luz. Material pouco agradável.
Análise
Enredo (x2): 3,33
• Espaço (x2): 3 (bom);
• Tempo (x2): 3 (bom);
• Personagens (x2): 4 (muito boas);
• Criatividade (x1): 5 (ótima);
• Andamento do enredo (x2): 3 (bom);
• Início, meio e fim (x3): 3 (bom);
Estrutura Artística (x1): 2,44
• Capa (x1): 1 (ruim);
• Diagramação (x1): 2 (regular);
• Fontes (x2): 2 (regular);
• Sinopse (x2): 3 (boa);
• Enredo (x3): 3 (bom);
Estrutura física (x1): 2
• Capa (x1): 2 (regular)
• Páginas (x2): 2 (regulares)
Nota final: [2.(3,33) + (2,44).1 + 2.1]/4= 2,77
Gostei da obra?
Fiquei muito triste em dar esta nota. Sabe quando a obra tem um grande potencial, mas por algum motivo tudo dá errado? Este foi o caso. Acho que a edição em si estragou muito da obra. De que adianta ser o melhor livro do mundo se a estrutura que o cerca for insuficiente, for feia, não for funcional? Poucos leitores se aventurariam a comprar um livro com tais propriedades. Tenho grande fé no potencial deste livro e no de Darlan; creio que, se forem feitas as devidas melhorias, este livro tem tudo para receber uma nota, no mínimo, boa.
O Autor
Darlan Hayek Soares, Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, no dia 14 de outubro de 1982, escritor e poeta, autor de dois romances independentes; Um inverno me esfria, e, Depois da última lágrima, Lançados em 2008 e 2009 respectivamente, tendo suas edições esgotadas. Autor do blog docepoetica.blogspot.com onde publica poesias, foi classificado entre os melhores escritores com o soneto intitulado Amando à quem se escolheu amar, sendo convidado a participar da coletânea de sonetos pela livraria Litteris em 2008. Por favor, não deixem a dor regressar é seu terceiro romance. Atualmente trabalha no projeto de seu próximo romance intitulado Uma vida por cinco vidas, onde retratará a vida de uma mãe abandonada pelo companheiro junto às cinco filhas. (Via: skoob).
Esta resenha faz parte do Booktour Selo Brasileiro.
Achei bem diferente o modo como você resenhou e classificou o livro, mostrando os pontos negativos e fortes e o por que dessa nota. Fiquei intrigada com a trama, e adoraria poder ler o livro, afinal uma pessoa que age e se veste como nós? Bem curioso, rsrs.
ResponderExcluirBjs
www.daimaginacaoaescrita.com
Oi Ana!
ResponderExcluirLi esse livro do Darlan e é um poema bem diferenciado.
Sua resenha como sempre bem completa.
cheirinhos
Rudy
Uma pena, não é?!
ResponderExcluirA Lilian fez resenha de um livro do Darlan no Diva... ela adorou!
Acredito que todos esses comentários, só engrandecem a obra do autor, não é mesmo?
Amei a resenha, Aninha!
:*MiInteiramente Diva