RESENHA: Paixão explosiva - Sandra Brown (MARATONA DE BANCA)
Paixão Explosiva
Autora: Sandra Brown
ISBN: 9771516300007
Páginas: 314
Editora: Nova Cultural
Ano: 1985
Sinopse: A descoberta do prazer e da paixão selvagem! Generosa, Jenny Fletcher punha em segundo lugar os seus próprios sonhos e necessidades, e em primeiro os de seu noivo, Hal, um homem mais comprometido com uma causa do que com ela. Na véspera de sua viagem para a América Central, ele lhe deu o que Jenny mais queria na vida... uma noite de paixão. Foi seu último presente.Cage Hendren constratava em tudo com o irmão, Hal. Ovelha negra da família, ele só tinha ternura por Jenny. Mas ela sempre o achara selvagem e implacável demais... até que Cage lhe mostrou o lado selvagem que ela mesma não sabia que tinha dentro de si. E agora que fora desencaminhada.... já não podia mais voltar atrás!
NOTA: Eu sei que vocês estão acostumados a me ver escrever resenhas técnicas (e continuarei a fazê-las), mas para a Maratona (e alguns outros livros) tentarei escrever resenhas "corridas". Espero que gostem! E me ajudem a melhorar indicando as falhas, sim?
Como acima especificado na sinopse, Jenny estava noiva de Hal, um dos filhos do casal que a acolheu depois da morte de seus pais. O outro filho, Cage, era tido como a ovelha negra da família: possuía várias amantes, infringia as leis de trânsito com seu carango... Tudo que seus pais, religiosos e tradicionais, reprovavam. Mas Jenny sempre o tinha em alta conta.
Com um pouco de remédios na cabeça, Jenny decide se entregar ao noivo (que viajará em uma expedição em prol de sua causa no dia seguinte), mas este a recusa. Um mal entendido acontece e Jenny tem sua primeira noite, mas não com Hal. A história girará em torno dos dois irmãos (um em carne e osso e outro apenas uma sombra), das consequências da noite acima mencionada e das ideias dos pais de Cage e Hal.
Não se pode negar que é um livro muito sensual. Cage tem um carisma sedutor muito forte em contraste com a inocência de Jenny, o que é muito bem descrito em todo o enredo pela autora. Outro ponto forte é a personalidade irascível dos pais de Cage e Hal, que é constante durante a história (embora muitos leitores não gostarão desta implicância toda). Cage é muito profundo, o que leva o leitor a tentar descobri-lo mais e mais: quais as razões de sua personalidade sem limites?
A ideia da confusão entre os irmãos dá muitos motivos para a história se desenrolar, mas é algo muito pouco palpável. Embora Jenny estivesse com o efeito dos remédios na cabeça, Cage estava consciente dela e da situação. Poderia ter parado a qualquer momento ou revelado sua verdadeira identidade para que a moça pudesse entender a extensão daquele ato. Mas nada disso fez, o que tirou um pouco da imagem de homem bom que existe por baixo daquela fachada de bad boy. Aliás, esta (a fachada) só aparece em alguns pontos do enredo; o leitor entende que ele é um homem responsável que assume seus atos... Porém, a confusão, neste caso, é uma ocorrência muito destoante em todo o enredo. Sintetizando: tudo o que aconteceu na história poderia realmente ocorrer na vida real (uma das características de boa parte dos romances de banca), mas esta cena, a principal do desenrolar do livro, não convence.
A escrita de Sandra Brown é muito boa. As descrições espaciais e temporais são bem equilibradas, já que o foco principal são as personagens e todo seu drama. Quase compensa a contradição acima explicitada.
Um outro ponto negativo da história são os clichês. Ordem: conquista - consumação (nova) - descoberta da verdade - briga - acidente com o mocinho - momento de muita angústia - milagre de cura - casamento e filhos. Em especial o acidente é que incomoda por ser muito lugar-comum. Ora, por que o acidente tem de ocorrer logo depois de eles brigarem (em especial nas circunstâncias em que aconteceu)? Cage é tão irresponsável no trânsito que esta única ocorrência é muito forçada.
Quanto à edição, a capa possui uma delicadeza que é agradável ao toque e aos olhos. As páginas possuem boa diagramação, embora as letras não sejam tão favoráveis. O livro em questão era um tanto desgastado, mas eram perceptíveis as características originais. A sinopse (como usual nestes romances), entrega boa parte do enredo (as ideias principais), mas consegue atrair o leitor. O enredo foi construído de forma comum.
Análise
Enredo (x2): 3,41
• Espaço (x2): 4 (muito bom);
• Tempo (x2): 4 (muito bom);
• Personagens (x2): 4 (muito boas);
• Criatividade (x1): 2 (regular);
• Andamento do enredo (x2): 3 (bom);
• Início, meio e fim (x3): 3 (bom);
Estrutura Artística (x1): 3,1
• Capa (x1): 4 (bom);
• Diagramação (x1): 5 (ótima);
• Fontes (x2): 3 (boas);
• Sinopse (x2): 2 (regular);
• Enredo (x3): 3 (bom);
Estrutura física (x1): 3,33
• Capa (x1): 4 (muito boa);
• Páginas (x2): 3 (boas)
Nota final: [2.(3,41) + 3,1.1 + 3,33.1]/4= 3,31
Gostei da obra?
Sei que muitos vão me crucificar, mas vamos lá. Eu GOSTEI do livro, achei realmente um livro bom. O Cage, do modo que foi construído, me encantou; eu realmente só não gostei do pilar em que a história se baseia. Acho que a consumação não era necessária, na minha opinião foi forçada. Talvez um beijo ou até um pouco mais, mas só um pouco, já seriam suficientes para criar situações muito parecidas. E fiquei decepcionada pelo desperdício de personagens tão boas e cativantes com uma situação que não lhes cabia bem, entendem? Em suma, acho que esperava um pouco mais. A Sandra escreve bem, acho que me arriscarei a ler mais alguma coisa dela... E espero que tenham gostado da resenha corrida: tentei e tentei escrever uma resenha puramente técnica, mas não consegui.
A Autora
A americana Sandra Brown já escreveu 65 romances, sendo que 50 entraram na lista de best-sellers do The New York Times. É uma das mais importantes escritoras de romances policiais dos Estados Unidos. Iniciou a vida literária em 1981 e desde então já vendeu cerca de 70 milhões de livros em mais de 30 idiomas. Nascida no Texas, chegou a trabalhar como modelo em programas de televisão. Entre seus livros, estão: "Inveja", "A troca", "O álibi" e "Obsessão". Erin St. Claire é um pseudônimo usado pela autora nos anos 80 assim como Rachel Ryan e Laura Jordan.
Autora: Sandra Brown
ISBN: 9771516300007
Páginas: 314
Editora: Nova Cultural
Ano: 1985
Sinopse: A descoberta do prazer e da paixão selvagem! Generosa, Jenny Fletcher punha em segundo lugar os seus próprios sonhos e necessidades, e em primeiro os de seu noivo, Hal, um homem mais comprometido com uma causa do que com ela. Na véspera de sua viagem para a América Central, ele lhe deu o que Jenny mais queria na vida... uma noite de paixão. Foi seu último presente.Cage Hendren constratava em tudo com o irmão, Hal. Ovelha negra da família, ele só tinha ternura por Jenny. Mas ela sempre o achara selvagem e implacável demais... até que Cage lhe mostrou o lado selvagem que ela mesma não sabia que tinha dentro de si. E agora que fora desencaminhada.... já não podia mais voltar atrás!
NOTA: Eu sei que vocês estão acostumados a me ver escrever resenhas técnicas (e continuarei a fazê-las), mas para a Maratona (e alguns outros livros) tentarei escrever resenhas "corridas". Espero que gostem! E me ajudem a melhorar indicando as falhas, sim?
Como acima especificado na sinopse, Jenny estava noiva de Hal, um dos filhos do casal que a acolheu depois da morte de seus pais. O outro filho, Cage, era tido como a ovelha negra da família: possuía várias amantes, infringia as leis de trânsito com seu carango... Tudo que seus pais, religiosos e tradicionais, reprovavam. Mas Jenny sempre o tinha em alta conta.
Com um pouco de remédios na cabeça, Jenny decide se entregar ao noivo (que viajará em uma expedição em prol de sua causa no dia seguinte), mas este a recusa. Um mal entendido acontece e Jenny tem sua primeira noite, mas não com Hal. A história girará em torno dos dois irmãos (um em carne e osso e outro apenas uma sombra), das consequências da noite acima mencionada e das ideias dos pais de Cage e Hal.
Não se pode negar que é um livro muito sensual. Cage tem um carisma sedutor muito forte em contraste com a inocência de Jenny, o que é muito bem descrito em todo o enredo pela autora. Outro ponto forte é a personalidade irascível dos pais de Cage e Hal, que é constante durante a história (embora muitos leitores não gostarão desta implicância toda). Cage é muito profundo, o que leva o leitor a tentar descobri-lo mais e mais: quais as razões de sua personalidade sem limites?
A ideia da confusão entre os irmãos dá muitos motivos para a história se desenrolar, mas é algo muito pouco palpável. Embora Jenny estivesse com o efeito dos remédios na cabeça, Cage estava consciente dela e da situação. Poderia ter parado a qualquer momento ou revelado sua verdadeira identidade para que a moça pudesse entender a extensão daquele ato. Mas nada disso fez, o que tirou um pouco da imagem de homem bom que existe por baixo daquela fachada de bad boy. Aliás, esta (a fachada) só aparece em alguns pontos do enredo; o leitor entende que ele é um homem responsável que assume seus atos... Porém, a confusão, neste caso, é uma ocorrência muito destoante em todo o enredo. Sintetizando: tudo o que aconteceu na história poderia realmente ocorrer na vida real (uma das características de boa parte dos romances de banca), mas esta cena, a principal do desenrolar do livro, não convence.
A escrita de Sandra Brown é muito boa. As descrições espaciais e temporais são bem equilibradas, já que o foco principal são as personagens e todo seu drama. Quase compensa a contradição acima explicitada.
Um outro ponto negativo da história são os clichês. Ordem: conquista - consumação (nova) - descoberta da verdade - briga - acidente com o mocinho - momento de muita angústia - milagre de cura - casamento e filhos. Em especial o acidente é que incomoda por ser muito lugar-comum. Ora, por que o acidente tem de ocorrer logo depois de eles brigarem (em especial nas circunstâncias em que aconteceu)? Cage é tão irresponsável no trânsito que esta única ocorrência é muito forçada.
Quanto à edição, a capa possui uma delicadeza que é agradável ao toque e aos olhos. As páginas possuem boa diagramação, embora as letras não sejam tão favoráveis. O livro em questão era um tanto desgastado, mas eram perceptíveis as características originais. A sinopse (como usual nestes romances), entrega boa parte do enredo (as ideias principais), mas consegue atrair o leitor. O enredo foi construído de forma comum.
Análise
Enredo (x2): 3,41
• Espaço (x2): 4 (muito bom);
• Tempo (x2): 4 (muito bom);
• Personagens (x2): 4 (muito boas);
• Criatividade (x1): 2 (regular);
• Andamento do enredo (x2): 3 (bom);
• Início, meio e fim (x3): 3 (bom);
Estrutura Artística (x1): 3,1
• Capa (x1): 4 (bom);
• Diagramação (x1): 5 (ótima);
• Fontes (x2): 3 (boas);
• Sinopse (x2): 2 (regular);
• Enredo (x3): 3 (bom);
Estrutura física (x1): 3,33
• Capa (x1): 4 (muito boa);
• Páginas (x2): 3 (boas)
Nota final: [2.(3,41) + 3,1.1 + 3,33.1]/4= 3,31
Gostei da obra?
Sei que muitos vão me crucificar, mas vamos lá. Eu GOSTEI do livro, achei realmente um livro bom. O Cage, do modo que foi construído, me encantou; eu realmente só não gostei do pilar em que a história se baseia. Acho que a consumação não era necessária, na minha opinião foi forçada. Talvez um beijo ou até um pouco mais, mas só um pouco, já seriam suficientes para criar situações muito parecidas. E fiquei decepcionada pelo desperdício de personagens tão boas e cativantes com uma situação que não lhes cabia bem, entendem? Em suma, acho que esperava um pouco mais. A Sandra escreve bem, acho que me arriscarei a ler mais alguma coisa dela... E espero que tenham gostado da resenha corrida: tentei e tentei escrever uma resenha puramente técnica, mas não consegui.
A Autora
A americana Sandra Brown já escreveu 65 romances, sendo que 50 entraram na lista de best-sellers do The New York Times. É uma das mais importantes escritoras de romances policiais dos Estados Unidos. Iniciou a vida literária em 1981 e desde então já vendeu cerca de 70 milhões de livros em mais de 30 idiomas. Nascida no Texas, chegou a trabalhar como modelo em programas de televisão. Entre seus livros, estão: "Inveja", "A troca", "O álibi" e "Obsessão". Erin St. Claire é um pseudônimo usado pela autora nos anos 80 assim como Rachel Ryan e Laura Jordan.
Primeiramente, a capa não me atraiu, mas essa sinopse parece uma novela mexicana. na verdade, todo o enredo do livro me lembra muito novelas. Não sei se eu me disponibilizaria a ler um livro desse. Me sinto um tanto mal quando largo um livro pela metade, então evito aqueles em que ue acho que há possibilidade de isso ocorrer. A resenha ficou boa. Na verdade, eu até prefiro textos, acho que a leitura flui melhor...
ResponderExcluirIsrael Félix
Olá, Israel!
ResponderExcluirEu já gosto bastante de capas diferentes, delicadas. Esta me deixou bastante confortável, mas entendo seu ponto de vista. Sim,realmente é bem parecido com novela! Só que só existe um núcleo.
Acho uma política bastante responsável, mas muito limitada e chata, se me permite. Muitos livros que me impressionaram foram aqueles para os quais não daria nenhum centavo.
Obrigada pelo elogio!
Ana.
Que pena que você não gostou tanto do livro, Aninha, rs.
ResponderExcluirE eu até entendo, viu?! Mas afinal, o que seria do laranja se todos gostassem do amarelo? uahsuahsaFilosofei! rs.Adorei saber a sua opinião, sua linda!:*MiInteiramente Diva
Oi, Ana, tudo bem....
ResponderExcluirComo também estou participando da Maratona de Banca, estou dando uma olhada nas resenhas que foram feitas...e...OMG como tenho que aprender! Eu nunca tinha feito resenha antes, e lendo aqui e ali, a minha ficou pobrinha, pobrinha! Ou seria pobrezinha, sei lá!Sua resenha ficou ótima, eu já peguei esse livro pra trocar mas nunca me atraiu pelo resumo e pela capa.Agora vou atrás dele pra comparar impressões! Uma resenha fazer isso não é interessante?
Um abraço, parabéns pelo blog
Ana
@ana_m_gomes
romanceseartes.blogspot.com
Oi Ana!
ResponderExcluirEu só li um livro da Sandra Brown até hoje e gostei.
Mas esse, acho que ficaria irritada com isso da mulher se colocar abaixo do marido... Gosto de personagens femininas mais fortes!
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
A história parece ser legal, embora eu acho que a coisa toda é clichê. Mas as vezes a forma como a autora escreve torna a leitura interessante, mesmo que os fatos ocorridos sejam esperados... Enfim, só lendo para ter certeza *u*
ResponderExcluirNão gostei da capa, nem um pouco. É meio... sem sal.
Eu gosto mais quando você escreve a resenha corrida, quer dizer, não que eu não goste das técnicas...
ResponderExcluirEu gostei muito da sua resenha, as técnicas são muito boas também mas essa tem um calorzinho mais pessoal, eu acho que prefiro :D Bjos flor e adorei esse livro, ta lista
ResponderExcluirGostei mais da resenha assim....\o/....bem banca é sempre banca...rsrs...sempre tem pontos altos e baixos...srsr.....beijokas elis
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